A doença de Kawasaki é uma inflamação generalizada das artérias que ocorre em crianças com menos de cinco anos e voltou às notícias há algumas semanas por suspeita de uma possível ligação com a covid-19.
Segundo o Centro de Pesquisa do Japão para a Doença de Kawasaki, o médico faleceu na passada sexta-feira à tarde.
A doença tem uma incidência de 90 casos no Japão e 30 a 40 na Europa para cada 100.000 crianças, tornando-a numa das principais causas de doenças cardíacas adquiridas em menores nos países desenvolvidos.
Alguns dos sintomas são febre por mais de cinco dias, erupções cutâneas, olhos vermelhos, inflamação dos lábios, garganta e língua. O tratamento inicial consiste em aspirina e imunoglobulina em doses elevadas.
As causas desta doença ainda não foram determinadas e não há evidências claras de que esteja ligada a vírus ou bactérias, segundo a agência japonesa Kyodo.
Tomisaku Kawasaki entrou em contacto com a doença, então desconhecida, em 1961 e testemunhou vários casos semelhantes nos anos seguintes.
Em 1967, o pediatra escreveu um artigo na revista de observações clínicas sobre alergias “Arerugi” com as suas descobertas, o que levou a que a doença fosse batizada com o seu nome.
O médico, que começou a trabalhar em 1950 no que mais tarde se tornaria o Centro Médico da Cruz Vermelha japonesa, reformou-se em 1990 desta instituição e tornou-se líder de outra organização que se transformou no Centro de Pesquisa do Japão para a doença de Kawasaki.
O trabalho do pediatra japonês foi homenageado pela Academia Japonesa, pela Sociedade Pediátrica do Japão e pelo Governo Metropolitano de Tóquio.
LUSA/HN
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