Transportadora aérea angolana não prevê “por enquanto” ligação Lisboa/Luanda

27 de Junho 2020

A transportadora aérea angolana TAAG não prevê, “por enquanto”, voos humanitários na rota Lisboa/Luanda para repatriar angolanos, mas prepara a programação para retomar após as restrições, devido à covid-19, disse hoje fonte da companhia.

“Não temos previsão de realizar (…) Lisboa/Luanda para repatriar nossos cidadãos nacionais que estejam em Lisboa”, afirmou hoje o diretor comercial da companhia Carlos Von Hafe, quando questionado pela Lusa.

O responsável que falava em conferência de imprensa de anúncio da chegada da primeira aeronave do modelo Dash8-400 ao país, prevista para segunda-feira, afirmou que a transportadora está já a programar a retoma dos voos quando reabrir o espaço aéreo.

Carlos Von Hafe assegurou que “oportunamente” a TAAG vai comunicar quantas frequências irá operar para as rotas já existentes e “eventualmente se teremos o caso de suspensão de algumas rotas”.

“Muito em breve nos iremos pronunciar relativamente a esta questão das frequências”, respondeu à Lusa.

Para o diretor comercial da TAAG, a entrada em funcionamento da frota das seis aeronaves do tipo Dash8-400 irá refletir-se na redução do consumo de combustível, dos custos de manutenção, dos custos de operação em terra, entre outros.

Os novos aviões, adquiridos ao construtor aeronáutico canadiano De Havilland Aircraft, devem “viabilizar a sustentabilidade da empresa”, segundo o responsável.

Questionado pela Lusa sobre a perspetiva da viabilização da companhia que se encontra tecnicamente falida, Von Hafe, escusou-se a abordar estas questões e falou apenas em “eficiência operacional e financeira”.

“Estas novas aeronaves vão protagonizar uma série de redução de custos operacionais, como a redução do consumo do combustível, quando comparamos com o Boeing 737 para o nosso destino doméstico”, justificou.

O consumo de combustível “representa para a companhia e para toda a operação, não só para a TAAG, mas sim para outras companhias também, cerca de 25% dos custos operacionais globais da companhia”, indicou, acrescentando que a afetação destas aeronaves terá impacto na redução dos custos.

“Poderemos obter naturalmente aqui alguns ganhos”, concluiu.

LUSA/HN

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