Políticos e especialistas reúnem-se hoje pela décima vez no Infarmed

8 de Julho 2020

O chefe de Estado, primeiro-ministro, presidente da Assembleia da República, líderes partidários, patronais e sindicais reúnem-se hoje pela décima vez com especialistas para avaliar a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, no Infarmed, em Lisboa.

Estas sessões, que começam com apresentações técnicas e depois têm uma fase de perguntas, foram uma iniciativa do primeiro-ministro, António Costa, com um objetivo de partilha de informação, e ultimamente têm-se focado mais na Área Metropolitana de Lisboa, onde tem surgido a maioria dos novos casos de infeção pelo novo coronavírus.

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou em entrevista ao Porto Canal, divulgada no sábado, que estas reuniões no Infarmed “começam a ter pouca utilidade” e deveriam “dar uma fotografia objetiva e curta” da situação, seguida de “conselhos técnicos”.

Após a última reunião, há duas semanas, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que habitualmente faz uma síntese das conclusões aos jornalistas, relatou que vários especialistas recomendaram a opção por “medidas concretas e específicas para áreas geográficas também específicas”, ao “nível de freguesia”, em vez de “medidas genéricas”.

O chefe de Estado considerou que esse foi “um dos pontos mais interessantes” dessa sessão, e afastou cenários de descontrolo da propagação da doença em Portugal e de rutura ou pré-rutura do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Entretanto, o Governo tomou decisões nesse sentido, colocando a generalidade do território nacional em situação de alerta devido à pandemia de covid-19, com exceção da Área Metropolitana de Lisboa, onde 19 freguesias continuaram em situação de calamidade e as restantes passaram a contingência.

Nestas sessões no Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, em Lisboa, participam ainda, por videoconferência, os conselheiros de Estado.

A pandemia de covid-19, doença provocada por um novo coronavírus detetado em dezembro do ano passado no centro da China, atingiu 196 países e territórios e já fez mais de 500 mil mortos a nível global, segundo a agência de notícias francesa AFP.

Em Portugal, os primeiros casos foram confirmados no dia 02 de março e até agora morreram 1.629 pessoas num total de 44.416 contabilizadas como infetadas, de acordo com o relatório de terça-feira da Direção-Geral da Saúde (DGS).

LUSA/HN

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