Infarmed lidera grupo de trabalho que estudará alterações à dispensa de medicamentos

8 de Julho 2020

O Infarmed vai liderar um grupo de trabalho encarregado de apresentar uma proposta sobre a dispensa de medicamentos hospitalares em farmácias comunitárias, anunciou esta quarta-feira, em Lisboa, a secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira.

De acordo com a governante, o grupo de trabalho terá 60 dias para produzir resultados.

“Logo na primeira hora implementámos regimes de dispensa de medicamento hospitalar, que facilitaram – pela proximidade e simplificação – a vida dos doentes”, disse a secretária de Estado durante a habitual conferência de imprensa de atualização da informação relativa à pandemia de Covid-19 .

Segundo os números que apresentou, durante os meses de recolhimento, entre 17 de março e 27 de maio entre os diferentes modelos adotados pelos hospitais foi possível “servir um total de 152.061 utentes”.

“Os procedimentos são sempre passíveis de serem melhorados”, defendeu ao anunciar a medida: “Decidimos criar um grupo de trabalho liderado pelo Infarmed, que vai apresentar uma proposta a respeito de uma eventual transferência de determinados medicamentos, com prova de eficácia e segurança e já com genéricos comercializados, para potencial alteração da dispensa em farmácia hospitalar, para dispensa em farmácia comunitária, e produzir resultados em 60 dias”.

O grupo de trabalho analisará ainda casos de medicamentos em que deva manter-se a gestão hospitalar, mas cuja dispensa possa ser descentralizada.

“Este grupo deve desenvolver uma proposta com o envolvimento dos parceiros e das ordens profissionais que estruture um modelo de circuito de prescrição, gestão e dispensa a adotar pelas instituições do SNS, centrado nas preferências do doente relativamente ao local de dispensa”, declarou.

Jamila Madeira sustentou que, no atual contexto, faz ainda mais sentido continuar a avançar-se nesta medida e “o mais rápido possível”.

“Temos a noção de que isto permitiu um melhor conforto e um mais fácil acesso, com a segurança necessária àquilo que o medicamento hospitalar impõe aos doentes, particularmente aos doentes crónicos”, frisou.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 544.000 mortos e infetou mais de 11,85 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.631 pessoas das 44.859 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

LUSA/HN

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