O documento, apreciado em reunião privada do executivo municipal, teve os votos contra dos socialistas e do BE – que têm um acordo de governação da cidade -, a abstenção do PCP e os votos favoráveis do CDS-PP e PSD.
Os centristas destacam na moção que atualmente Portugal “é o segundo país da União Europeia mais Reino Unido a registar o maior número de novos casos de infeção por Covid-19 por milhão de habitantes”, defendendo que “a medição de temperatura corporal” em vigor no aeroporto da capital “é uma medida básica que não permite identificar casos assintomáticos” e “aplicada em qualquer empresa, estabelecimento comercial ou edifício público”.
“Por absurdo, pode admitir-se que os edifícios da Câmara Municipal de Lisboa são tão seguros quanto o Aeroporto de Lisboa: em ambos os casos, apenas é verificada a temperatura a quem chega”, lê-se no texto.
Na ótica do CDS-PP, o maior partido da oposição na autarquia, são precisas “medidas de prevenção mais robustas nos aeroportos e portos portugueses”, num momento em que a situação do país é “particularmente preocupante na região de Lisboa e Vale do Tejo” e em que há “necessidade de se reativarem setores-chave da economia nacional, como o turismo, que representa cerca de 15% do PIB”.
Os centristas pretendiam que os viajantes apresentassem um teste de despistagem da Covid-19 com resultado negativo obtido no país de origem nas 72 horas anteriores à viagem ou que realizassem o teste à chegada a Portugal.
O país regista hoje mais 13 óbitos por Covid-19, em relação a quarta-feira, e mais 418 casos de infeção confirmados, dos quais 328 na região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim epidemiológico diário, o total de óbitos por covid-19 desde o início da pandemia é agora de 1.644 e o total de casos confirmados é de 45.277.
LUSA/HN
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