“Não existe carência [de medicamentos] digna de registo”, afirmou Jamila Madeira, na conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia de covid-19.
A governante explicou que existe uma “reserva estratégica”, que é “monitorizada diariamente”.
Questionada sobre a indisponibilidade do medicamento “victan”, a secretária de Estado Adjunta e da Saúde esclareceu que existe uma “indisponibilidade temporária para abastecer o mercado”, estando a Autoridade Nacional do Medicamento- Infarmed a “desenvolver todos os esforços no sentido de repor esse medicamento”.
Contudo, explicou que “existe terapêutica alternativa”, havendo orientações do Infarmed e da Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica aos profissionais de saúde para adotarem “a terapêutica alternativa ou terapêuticas não farmacológicas alternativas”.
A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) anunciou, na terça-feira, que o medicamento indicado para ansiedade e sintomas nervosos “Victan 2mg” está indisponível no mercado, apontando como “data provável” para a sua reposição o quatro trimestre deste ano.
O medicamento Victan, substância ativa Loflazepato de Etilo, é classificado como benzodiazepina com atuação ao nível do sistema nervoso central, encontrando-se indicado para a ansiedade e sintomas ansiosos.
A Autoridade Nacional do Medicamento afirma que está a “desenvolver todos os esforços no sentido assegurar o abastecimento das farmácias e unidades de saúde com a maior brevidade, estando para o efeito a realizar contactos com outros agentes do setor”.
Uma vez que estas diligências se encontram ainda em curso, o Infarmed solicitou orientações à Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica, que já emitiu uma indicação.
“De acordo com a evidência científica disponível, em alternativa ao medicamento Victan 2mg, em especial no tratamento de sintomas de ansiedade crónica e quando exista risco de ocorrência de sintomas físicos de abstinência pode ser considerada a substância ativa Alprazolam 1mg em formulação de libertação prolongada, que se encontra disponível no mercado português”, refere a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica.
Para a prescrição da terapêutica alternativa mais adequada deverá o utente contactar o seu médico, refere o Infarmed no comunicado publicado no seu ‘site’.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 616 mil mortos e infetou quase 15 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.702 pessoas das 49.150 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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