“Atualmente, registámos 22 vítimas, 14 das quais morreram. Os restantes foram hospitalizados”, indicaram as autoridades regionais de Orenburg, citadas pela agência France-Presse (AFP).
A intoxicação foi causada pela presença de metanol, um produto altamente tóxico, acrescentou a mesma fonte.
O governador regional da província de Orenburg, Denis Pasler, instou as pessoas a não comprarem álcool até as investigações estarem concluídas.
“Estão a ser realizadas inspeções exaustivas aos pontos de venda para identificar onde são feitas as contrafações”, escreveu na rede social Telegram.
O Comité de Investigação Russo, o órgão responsável pelas grandes investigações criminais, anunciou a abertura de um inquérito e a detenção de três pessoas, incluindo um produtor de álcool adulterado e dois vendedores.
Buscas num armazém levaram à apreensão de mais de 1.200 garrafas de álcool adulterado, indicou aquele órgão, em comunicado.
Incidentes fatais ligados ao consumo de álcool adulterado ou de substitutos tóxicos são comuns na Rússia, um país onde 21 milhões de pessoas vivem abaixo do limiar de pobreza.
Em 2016, mais de 60 pessoas morreram em Irkutsk, na Sibéria, após a ingestão de uma loção de banho com alto teor de álcool que continha metanol tóxico.
As autoridades russas reforçaram a legislação para combater o fenómeno, após este incidente, mas o álcool adulterado ou feito em casa tornou-se mais popular desde que a venda de bebidas espirituosas foi regulamentada e os preços aumentaram.
O preço da vodka tornou-se proibitivo para milhões de russos carenciados, especialmente nas províncias com nível de vida muito baixo.
O metanol, uma substância tóxica aparentada com o etanol, provoca danos graves em todos os órgãos, nomeadamente problemas cerebrais.
Os sintomas de envenenamento incluem dor no peito, náusea, hiperventilação, cegueira e coma.
LUSA/HN
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