Os ensaios clínicos envolvendo mais de 4.700 crianças entre os 6 e os 11 anos “demonstram uma resposta imunitária forte” um mês depois da segunda dose, tendo sido detetados níveis robustos de anticorpos, indicou a Moderna em comunicado.
Segundo a empresa, a vacina apresenta um “perfil de segurança favorável” e é “geralmente bem tolerada”. Fadiga, dores de cabeça, febre e dor no local da injeção são os efeitos secundários mais comuns neste grupo etário.
“Estamos ansiosos por enviar os dados às agências reguladoras [do medicamento] do mundo”, expressou o diretor-executivo da Moderna, Stéphane Bancel, citado no comunicado.
A dose da vacina para as crianças foi ajustada para 50 microgramas, metade da dose para os adultos.
A dosagem de 50 microgramas corresponde à dose de reforço (terceira dose) para adultos que foi autorizada nos Estados Unidos.
O anúncio feito pela Moderna dos resultados dos ensaios clínicos com crianças dos 6 aos 11 anos surge depois de o laboratório norte-americano Pfizer ter submetido um pedido de autorização ao regulador para administrar a sua vacina em crianças dos 5 aos 11 anos.
O pedido será apreciado pelo regulador do medicamento norte-americano (FDA) numa reunião agendada para terça-feira.
A Moderna tem também em curso ensaios clínicos com crianças entre 6 meses e 5 anos.
A Covid-19 é uma doença respiratória causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e que se espalhou rapidamente pelo mundo.
A pandemia da Covid-19 provocou pelo menos 4.945.746 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,56 milhões infeções, segundo o mais recente balanço da agência noticiosa AFP.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.138 pessoas e foram contabilizados 1.085.451 casos de infeção, de acordo com dados atualizados da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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