Os manifestantes fizeram retratos da mulher, Iza, de 30 anos, que morreu no hospital em Pszczyna, no sul da Polónia, devido a um choque sético.
A jovem morreu em setembro, mas a sua morte só se tornou conhecida na última semana. Os médicos do hospital adiaram a interrupção da gravidez, de 22 semanas, apesar de o feto não ter líquido amniótico suficiente para sobreviver, dizem a família e o seu advogado.
Os médicos foram suspensos de funções e a justiça está a investigar o caso.
Os ativistas dos direitos das mulheres consideram que Iza foi uma vítima da lei polaca sobre o aborto, que recentemente se tornou mais restritiva.
Além disso, dizem que, agora, os médicos na Polónia, uma nação fortemente católica, ficam à espera que um feto com defeitos graves morra no útero em vez de realizarem um aborto.
Donald Tusk, o antigo líder da União Europeia, que é agora líder da oposição polaca, participou no protesto em Varsóvia, sob o lema “Nem mais uma” mulher a morrer.
Os manifestantes reuniram-se em frente ao Tribunal Constitucional, que, no ano passado, decidiu acabar com a interrupção de uma gravidez por defeitos congénitos do feto, por considerar que esta é contra a Constituição polaca.
A manifestação seguiu depois até ao Ministério da Saúde.
Antes da nova restrição, as mulheres na Polónia só podiam fazer abortos em três situações: se a gravidez resultasse de um crime, como a violação, se a vida da mulher estivesse em risco, ou no caso de defeitos irreparáveis do feto. Esta última possibilidade acabou depois do veredicto do tribunal.
Aqueles que são a favor da nova restrição dizem não ser claro que esta tenha levado à morte da jovem mulher.
LUSA/HN
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