“Para dois terços da amostra é essencial saber de que forma os programas eleitorais se propõem reter e desenvolver os profissionais de saúde do SNS”, indicam as conclusões do estudo que inquiriu administradores hospitalares, profissionais do setor e associações de utentes.
Promovido pela EY e pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), os resultados do inquérito referem ainda que 65% dos inquiridos consideram importante conhecer o modelo organizativo proposto para o SNS e que 99% defendem que a forma de financiamento do SNS faça parte dos programas eleitorais às legislativas de 30 de janeiro.
Ainda no que respeita ao financiamento do SNS, os partidos devem apresentar medidas para a melhoria da articulação entre cuidados primários e secundários e de como pretendem promover uma relação direta entre financiamento e os resultados sentidos pelos utentes, adianta as conclusões.
Além disso, 75% das 141 entidades que responderam ao inquérito querem ver nos programas dos partidos “medidas claras” de revisão dos modelos de compensação e benefícios dos profissionais de saúde, enquanto 79% pretendem propostas para tornar o acesso dos utentes ao SNS mais simples e reduzir os tempos de espera por consultas, cirurgias e exames, indicam os resultados.
“Após dois anos de pandemia, a terceira prioridade – identificada por 68% da amostra – prende-se com a necessidade de se preverem mecanismos que permitam maior autonomia na contratação de pessoal, possibilitando assim melhor capacidade de resposta às necessidades dos utentes”, refere o documento.
Já na escala de prioridades de 0 a 5, o investimento em pessoal médico (4,05) e de enfermagem (4,04) obteve as pontuações mais elevadas, seguido do alargamento e remodelação da rede de cuidados de saúde (3,91) e do investimento em equipamentos e meios complementares de diagnóstico (3,55).
“Espera-se, com as conclusões deste `survey´, dar um contributo para que o próximo Programa de Governo incorpore as matérias que são consideradas prioritárias por quem melhor conhece o setor da Saúde em Portugal”, salienta o estudo da EY e da APAH.
LUSA/HN
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