O Movimento independente criticou os partidos candidatos às próximas eleições legislativas num comunicado em que afirmava que “consultados os programas eleitorais do PS, do PSD, do Bloco de Esquerda, do PCP-PEV, do CDS, do PAN, da Iniciativa Liberal, do Chega e do Livre verifica-se que nenhum dos partidos se refere a essa medida concreta nos seus programas eleitorais para as legislativas”.
Depois de as críticas terem sido contestadas pela CDU e pelo Chega, o VM esclareceu ontem que “efetivamente, consultando os sites oficiais dos partidos políticos com assento parlamentar e pesquisando pela designação de Programa Eleitoral 2022, em nenhum dos documentos aí disponibilizados surge a referência concreta à construção do novo hospital do Oeste”.
“O padrão de construção do documento eleitoral não é uniforme e, nalguns casos, esse documento refere-se a medidas genéricas no âmbito do SNS”, admitindo o VM que “não fosse obrigatório haver essa referência explicita no primeiro documento” que “alguns partidos incluíram nos seus programas distritais”.
No caso do PS, o movimento explica que o programa genérico refere em concreto a intenção de “construir ou modernizar até 2026 100 unidades de cuidados de saúde primários e construir as novas unidades hospitalares Central do Alentejo, Lisboa Oriental, Seixal, Sintra, Central do Algarve e a maternidade de Coimbra”. Já no folheto da candidatura de Leiria, encabeçada pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, “aparece em 1.º lugar” a referência à construção do novo hospital do Oeste.
Já no caso do PSD, “não havendo nenhuma referência a novos hospitais no seu programa eleitoral nacional, no folheto divulgado pela candidatura de Leiria é defendida “a reorganização do Centro Hospitalar do Oeste e consequente ampliação do Hospital das Caldas da Rainha e a construção do novo Hospital do Oeste”. Ou seja, acrescenta o VM, “de uma penada defende-se a ampliação do hospital e também a construção de um novo”.
Quanto ao Chega, que no programa eleitoral refere que “reformará o sistema nacional de saúde”, o VM reconheceu ontem que “num outro documento”, com o título “As 100 medidas de Governo do Chega”, o partido inclui o hospital do Oeste.
Por último, alude ao PCP como “o partido mais consequente” na defesa do novo hospital, embora este não conste nas páginas iniciais que remetem para o seu programa eleitoral”.
A medida “é referida nos folhetos da candidatura distrital de Leiria” e “afirmada convictamente pela cabeça de lista por Leiria (Heloísa Apolónia)”, pode ler-se no esclarecimento em que o VM recorda ter sido este “o único partido que assumiu uma iniciativa legislativa” nesse sentido, propondo a transferência 8.000.000 euros do Ministério da Saúde para a elaboração do programa e dos projetos de execução para a construção do novo hospital.
A proposta foi chumbada na Assembleia da República, “nomeadamente pelo PS”, sublinha o VM.
A construção de um novo hospital para o Oeste chegou a estar prevista durante o Governo de José Sócrates (PS) como uma das contrapartidas pela não construção do novo aeroporto na Ota.
A região integra os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos, Peniche, do distrito de Leiria, e de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, do distrito de Lisboa.
LUSA/HN
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