“Cumprindo as determinações do Comité Científico amanhã sai decreto acabando com a obrigatoriedade de máscaras em espaços abertos e fechados. Com um esforço para vacinar aqueles que podem tomar dose de reforço, em três semanas acabamos também com o passaporte”, anunciou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, na rede social Twitter.
O Rio de Janeiro será a primeira capital regional brasileira a flexibilizar o uso de máscaras em locais fechados.
A medida entrará em vigor na terça-feira, quando será publicada no Diário Oficial do município, segundo Paes.
A decisão foi tomada após uma reunião com o comité científico formado para auxiliar os gestores a tomarem medidas na pandemia de Covid-19, que já matou mais de 652 mil pessoas em todo o Brasil e infetou quase 30 milhões de pessoas.
Somente na capital do Rio de Janeiro, que tem cerca de 6,7 milhões de habitantes, foram registados pelo menos 920 mil infetados e 36.264 mortes relacionadas com a Covid-19 desde o início da pandemia, segundo o último balanço oficial.
Desde meados de fevereiro, o número de infetados caiu acentuadamente e segue em trajetória de queda em todo o país, após os recordes registados nas primeiras semanas do ano, devido à propagação da variante Ómicron.
Outras regiões do Brasil estão a flexibilizar gradualmente o uso da máscara, como o Distrito Federal, onde desde a última sexta-feira o seu uso na rua deixou de ser obrigatório.
São Paulo, estado mais populoso do país e também o mais afetado pelo coronavírus, pretende seguir os passos da capital brasileira e acabar com a imposição do uso de máscara apenas em ambientes externos, também sob o argumento de que a pandemia começa a ficar sob controlo.
Especialistas epidemiológicos atribuem essa melhoria nos indicadores de Covid-19 ao bom acolhimento da campanha de vacinação, que permitiu que 73% dos 213 milhões de brasileiros tenham a vacinação completa e cerca de 30% já tenham a dose de reforço.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.978.400 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado no sábado.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
LUSA/HN
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