As eleições estavam agendadas para 19 de setembro.
“Esta decisão dá a todos os partidos o tempo necessário para fazer campanha durante as próximas nove semanas e dá, à Comissão Eleitoral, tempo suficiente para assegurar que as eleições se podem realizar”, declarou a primeira-ministra neozelandesa.
A primeira-ministra de centro-esquerda estava sob pressão para adiar a data das eleições, já que todos os partidos suspenderam as campanhas eleitorais devido ao regresso da pandemia da Covid-19 ao país, registado na semana passada e cuja origem permanece desconhecida.
A Nova Zelândia, que adotou um dos confinamentos mais rigorosos do mundo no início da pandemia, quando tinha cerca de 50 casos, tinha levantado as restrições em 09 de junho.
Na sexta-feira, o Governo neozelandês decidiu prolongar por mais 12 dias o confinamento em Auckland, a maior cidade do país, para combater o ressurgimento da Covid-19.
Jacinta Ardern tinha ordenado o restabelecimento do confinamento naquela cidade após o aparecimento de novos casos de infeção pelo novo coronavírus, ao fim de 102 dias sem registo de qualquer contágio local.
A primeira-ministra reconheceu que há uma grande ansiedade no país com o regresso da Covid-19, detetada em quatro pessoas na terça-feira, em Auckland. No domingo, o número aumentou para 49 casos confirmados.
Jacinta Arden disse ter passado o fim-de-semana a ouvir os dirigentes dos partidos e comissão eleitoral sobre a data das eleições.
Segundo a primeira-ministra, o adiamento da data das eleições significa que todos os partidos farão a campanha nas mesmas condições e que a nova data, de 17 de outubro, não será alterada, independentemente da situação.
“Não tenho absolutamente nenhuma intenção de alterar isso”, insistiu, citada pela agência France Presse.
Jacinta Arden está com uma taxa de popularidade de 60%, nas sondagens, devido ao modo como lidou com a pandemia, o atentado às mesquitas de Christchurch no ano passado e a erupção do vulcão da White Island.
O partido trabalhista, da líder do Governo, está em posição de vencer as eleições sozinho, sem precisar de ajuda dos pequenos partidos com os quais fez coligações durante a legislatura que está a terminar.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 766 mil mortos e infetou mais de 21,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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