Em comunicado, o CHMT, que agrega as unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, no distrito de Santarém, refere que a colaboração entre as duas instituições “nasce do reconhecimento que é uma mais-valia o reforço de competências prévias dos profissionais que asseguram, nomeadamente, as funções de assistentes operacionais” nos serviços de Saúde.
“Estes profissionais são da maior importância para as instituições e para os utentes”, salienta o CHMT, lembrando que são eles que “garantem a higiene e cuidados com forte componente de humanização aos doentes internados, asseguram a manutenção das condições de limpeza e higienização das instalações, executando, também, apoio logístico e administrativo”.
O protocolo, assinado pelo presidente do CHMT, Casimiro Ramos, e pela presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Ana Jorge, envolve a formação de competências de profissionais de Saúde através do Polo de Torres Novas da Escola Profissional da Cruz Vermelha Portuguesa, disponibilizando o CHMT os seus serviços para realização de estágios dos formandos.
Os estágios no CHMT serão realizados no âmbito de licenciaturas e ensino pós-graduado, já que é exigida “uma crescente capacitação formativa que envolve a aquisição de um conjunto de conhecimentos, atitudes e aptidões com o objetivo de dar resposta às exigências das instituições de Saúde, cujos padrões de qualidade e satisfação do utente são cada vez mais elevados”, lê-se na nota.
No comunicado, o CHMT adianta que estas competências “incluem conhecimentos teórico/científicos na área da patologia, passando pela compreensão da organização da própria instituição de saúde, até às atitudes e aptidões relacionadas diretamente com a prestação de cuidados de saúde e a capacidade para comunicar com o doente e respetivos familiares nas mais diversas situações”.
Citado no comunicado, o presidente do CHMT salienta que “os desafios na área da Saúde são cada vez maiores e mais complexos”, considerando que, depois dos “últimos dois anos de combate à pandemia” de covid-19, esta parceria “surge num momento de viragem crucial”.
Ainda segundo Casimiro Ramos, “trabalhar em Saúde envolve uma aprendizagem e formação continuas” e se por um lado a pandemia “também paralisou essa importante componente formativa”, por outro lado “também deu importantes lições, nomeadamente sobre a importância da humanização dos cuidados”, que agora podem ser integradas “em boas práticas e nos conteúdos programáticos formativos, para futuras situações de resposta a questões de saúde pública”.
Também citada no comunicado, a presidente da Cruz Vermelha Portuguesa sublinha que, com o lançamento do protocolo, será dado um “contributo para a existência de saídas profissionais com empregabilidade garantida, em hospitais, cuidados continuados ou em estruturas residenciais para idosos”.
“Os jovens poderão igualmente prosseguir estudos superiores, se assim for o seu desejo”, afirma Ana Jorge, acrescentando que o protocolo hoje assinado “também irá abranger a área de investigação”.
LUSA/HN
0 Comments