“Era uma decisão esperada há muito tempo, porque não fazia grande sentido essa penalização para os viajantes oriundos de Portugal, sendo uma decisão boa para Portugal e para o Algarve, porque poderá beneficiar bastante a época de golfe que se aproxima”, disse à agência Lusa o presidente da CEAL, Carlos Luís.
Na opinião do dirigente da confederação dos empresários algarvios, a decisão do Governo britânico “já não vem salvar muita coisa em termos de verão, mas pode ajudar na recuperação da economia nos próximos meses”.
“Nesta altura, quem tinha de reservar férias para o verão já reservou para outros lados, pagou e não vai anular para vir para o Algarve. A região poderá beneficiar, contudo, é das reservas de última hora para o mês de setembro, mas o verão já está perdido”, recordou.
Para Carlos Luís, a medida pode vir a beneficiar a época de golfe, que começa a partir de outubro, ressalvando que a época de verão “pode ser salva, minimamente, se os irlandeses acompanharem os britânicos nessa decisão”.
“Os mercados britânico e o irlandês são os mais importantes de golfe e aí poderemos salvar a época. Mas, tudo depende do planeamento que as pessoas fizeram, porque as coisas não podem ser mudadas de um momento para o outro, porque têm custos, custam dinheiro”, concluiu.
O Governo britânico incluiu na quinta-feira Portugal na lista dos países com “corredores de viagem” para Inglaterra cujos passageiros ficam isentos de cumprir uma quarentena de duas semanas imposta devido à pandemia covid-19, a partir de sábado.
Pelo contrário, Croácia, Áustria e a ilha de Trinidad e Tobago, nas Caraíbas, foram retiradas da lista devido ao crescente número de infeções, tal como aconteceu na semana passada com França, Países Baixos, Mónaco, Malta, as ilhas Turcas e Caicos e Aruba, e anteriormente com Bélgica, Andorra, Bahamas, Espanha e Luxemburgo.
O Reino Unido introduziu a necessidade de autoisolamento por 14 dias a todas as pessoas que cheguem do estrangeiro ao Reino Unido em 08 de junho para evitar a importação de infeções, mas um mês depois isentou cerca de 70 países e territórios, considerados de baixo risco.
A isenção de quarentena é acompanhada com a mudança do conselho do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) contra as viagens não essenciais para aqueles destinos, importante para efeitos de seguro de viagem.
LUSA/HN
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