Em declarações à agência Lusa, a diretora do departamento de Patologia do CHUP, Graça Henriques, contou que, com as novas instalações, é possível a este equipamento hospitalar que inclui o Hospital de Santo António, no Porto, ambicionar chegar a uma capacidade de recolha de 500 utentes/dia.
“Para já, testámos o modelo com 420 marcações e temos 30 vagas para ocorrências diárias. Um médico que, numa consulta, peça exames no próprio dia, por exemplo. Mas acreditamos que o número vai evoluir. As condições são incomparavelmente melhores”, disse a responsável.
Em causa está a central de colheitas onde utentes da consulta externa do CHUP fazem recolha de produtos biológicos como sangue ou urina.
O novo espaço abriu no ex-CICAP, polo destinado a consultas externas, na Rua D. Manuel II, no centro do Porto.
Com 12 ‘boxes’ individuais para recolha e sala de espera com 107 lugares sentados, as condições da nova central de colheitas são “muito diferentes das anteriores, acrescentando melhorias para profissionais e utentes”, sublinhou Graça Henriques.
“A central anterior funcionava em instalações péssimas, numa cave sem ‘boxes’ individualizadas para atendimento dos doentes. Não havia privacidade nenhuma. Era uma sala única com vários cadeirões e várias pessoas a colher ao mesmo tempo. A sala de espera não tinha janelas, faltava arejamento”, descreveu a responsável.
Graça Henriques destacou que a nova central tem circuitos independentes de entrada e saída de doentes, casas de banho próprias, e que os 18 profissionais que ali trabalham passaram a dispor de vestiário, copa e sala de reuniões.
Informação remetida à Lusa pelo CHUP refere que esta central começou a funcionar com um horário das 07:00 às 14:00, “tendo como objetivo realizar 90% das colheitas até às 12:00, de forma a garantir uma maior comodidade do doente”.
Sobre este aspeto, a diretora de Patologia do CHUP explicou que “a maioria dos utentes precisa de estar em jejum para fazer análises”, razão pela qual “não faz sentido estender o horário até de tarde”, uma vez que o processo “deixa de ser confortável para o doente”.
O CHUP prevê que o aumento das instalações venha a permitir “num futuro próximo” o alargamento da realização de colheitas e exames aos utentes dos cuidados de saúde primários da área de referenciação deste cento hospitalar.
LUSA/HN
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