Ministra diz que período pós pandemia pode ser de recuperação para ciência

16 de Maio 2022

A ministra da Ciência e Ensino Superior considerou esta segunda-feira que o período pós-pandemia pode ser “uma nova fase de recuperação” para o setor e que a sociedade ficou “mais atenta” por causa da Covid-19.

“Todos desejamos que 2022 seja o ano que marca o início do fim de um período particularmente difícil para todos nós”, afirmou Elvira Fortunato na abertura do encontro nacional Ciência 2022.

Para isso, defendeu, é preciso “aproveitar de forma criteriosa e rigorosa os recursos financeiros disponibilizados pela União Europeia”.

Deverão ser aplicados “na qualificação dos portugueses, no desenvolvimento da ciência e num esforço de convergência até 2030 na ação climática e na digitalização”, referiu.

O modelo de investigação científica deve assentar na colaboração entre investigadores, instituições, empresas e sociedade civil, defendeu.

A presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Helena Pereira, salientou que Portugal tem hoje quase 55 mil investigadores científicos, uma razão de 12 por cada mil habitantes que representa um aumento de 30% nos últimos cinco anos.

Em ano de 25.º aniversário da FCT, que coordena os apoios à ciência em Portugal, assinalou que em 1997 o investimento português em ciência era de 577 milhões de euros, o equivalente a 0,56% do Produto Interno Bruto, e que em 2020 era de 3.236 milhões, correspondendo a 1,62%.

O investimento na ciência também aumentou no setor empresarial, que em 1997 aplicava 22,5% do orçamento na investigação e que em 2020 investia 57%.

Em 2022, trabalham 29.544 investigadores no setor público, acrescentou, destacando o papel crescente dos laboratórios colaborativos, que são atualmente 41.

Helena Pereira salientou que é precisa “estabilidade e valorização de carreira” para os cientistas, assente em objetivos nacionais e europeus, planos de carreira em todas as instituições acompanhados de avaliações de desempenho.

O encontro Ciência 2022 decorre até 18 de maio em Lisboa, com o Egito como país convidado.

LUSA/HN

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