De acordo com dados da organização pró-aborto Planned Parenthood, “as restrições ao aborto afetam desproporcionalmente as comunidades latinas, negras e indígenas, especialmente latinas indocumentadas que não podem deixar as suas comunidades para fazer um aborto sem comprometer a sua permanência” nos Estados Unidos.
Os latinos nos EUA, segundo aquela associação, são das comunidades que menos têm cobertura de saúde, incluindo de seguros privados, o que lhes dificulta a opção pela interrupção voluntária da gravidez.
No encontro, que se centrou na comunidade latina, Harris lembrou que os deputados latinos estão “na linha da frente” da luta em defesa do direito ao aborto e disse que quis falar com eles para saber o que está a ser feito no terreno e trabalhar para que “nenhuma mulher se sinta sozinha”.
“O governo não deve tomar estas decisões no lugar das mulheres”, defendeu a vice-presidente, que criticou a decisão do Supremo Tribunal de revogar a nível federal um direito em vigor no país desde 1973, ao mesmo tempo que criminaliza aqueles que prestam esse serviço médico.
Neste momento, 15 estados norte-americanos têm vetos totais ou parciais sobre o aborto.
“Todas as decisões médicas devem ser entre o médico e a paciente”, defendeu Angela Romero, representante do Utah, enquanto a sua colega democrata Gina Hinojosa, uma congressista do Texas, referiu que há mulheres obrigadas a viajar até 800 quilómetros para outro estado para fazer um aborto.
O Texas é atualmente um dos oito estados onde a proibição do aborto é total.
LUSA/HN
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