“Em agosto de 2022, aguardavam em LIC [lista de espera cirúrgica] um total de 10.111 utentes, o que corresponde a um aumento de 0,7% (mais 68 utentes), face ao mês anterior”, lê-se no boletim informativo mensal da Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia dos Açores, consultado pela Lusa e disponível na página da internet da Direção Regional da Saúde.
Já em julho o número de utentes em lista de espera tinha superado o valor do mês anterior em 0,2%, com 10.043 inscritos.
A subida surge depois de terem sido registadas descidas mensais entre março e junho.
Em comparação com o período homólogo continua a registar-se um decréscimo.
No final de agosto de 2022, existiam menos 1.532 utentes à espera de cirurgia do que no mesmo mês em 2021, um decréscimo de 13,2%.
O mesmo aconteceu no mês de julho, em que houve uma descida de 16% (menos 1.906 utentes).
O Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, era o que concentrava mais doentes em espera (6.628), no final de agosto, mas foi o único a reduzir lista face ao mês anterior (-0,7%) e face ao período homólogo (-20,4%).
No Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT), existiam 2.391 utentes em espera, mais 4,3% do que em julho e mais 6% do que em agosto de 2021.
Já no Hospital da Horta (HH) estavam inscritos para cirurgia 1.092 doentes, mais 1,2% do que no mês anterior e mais 3% do que no período homólogo.
O número de propostas cirúrgicas em lista de espera no mês de agosto também aumentou face a julho para 11.362 (mais 0,9%).
Com 7.406 propostas inscritas, o HDES registou uma redução de 0,7%, enquanto o HSEIT (2.796) aumentou a lista de espera em 5,1% e o HH (1.160) aumentou em 1,5%.
Segundo o relatório, o tempo médio de espera por uma cirurgia nos Açores era de 429 dias (cerca de um ano e dois meses) no final de agosto, número igual ao registado em julho.
Individualmente, os hospitais registaram ligeiras subidas nos tempos médios de espera.
O hospital de Ponta Delgada aumentou a espera em um dia para 485, o da Terceira subiu três dias para 349 e o da Horta subiu dois dias para 266.
Apenas o Hospital da Horta tem um tempo média de espera abaixo dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG) regulamentados, que preveem que uma cirurgia com prioridade normal seja realizada no máximo em 270 dias.
A percentagem de cirurgias realizadas dentro do TMRG aumentou, em agosto, de 55,2% para 59,4%.
O cumprimento dos prazos é maior no Hospital da Horta (81,5%), seguindo-se o da Terceira (71,9%) e o de Ponta Delgada (45,7%).
A produção cirúrgica no Serviço Regional de Saúde dos Açores registou uma quebra de 19,8% no mês de agosto, tendo sido realizadas 611 cirurgias, menos 151 do que em julho.
A descida ocorreu no HSEIT (31,8%) e no HDES (21,6%), tendo ocorrido o inverso no HH, que aumentou a produção cirúrgica em 4,7%.
Também as propostas cirúrgicas entradas registaram uma redução, em agosto. No total, foram 903 nos Açores (menos 1,5% do que em julho).
Apenas o hospital da ilha Terceira registou um aumento de propostas entradas (13,3%), com o HDES a baixar 9,3% e o HH 2,8%.
Em agosto, foram canceladas 197 cirurgias nos Açores, menos uma do que no mês anterior (0,5%).
O hospital de Ponta Delgada foi o único a aumentar o número de cancelamentos (6,4%), enquanto o HSEIT registou uma redução de 16,7% e o HH de 8,1%.
NR/HN/LUSA
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