Miguel Guimarães realçou que a proposta de OE2023 no setor da saúde, no que diz respeito à despesa em recursos humanos, representa um acréscimo de “2,5% ou 2,7%” face a 2022, quando está já programado um aumento salarial de cerca de 2% para a função pública para o próximo ano.
“Portanto, estamos a falar de uma mão cheia de nada”, disse o bastonário, que falava aos jornalistas antes de participar na abertura do Congresso Internacional “Scientiae thesaurus mirabilis: A Universidade de Coimbra – História e legado em tempo de pandemia”, que decorre em Coimbra.
A proposta de Orçamento do Estado para 2023 prevê um aumento de 1.177 milhões de euros do montante global para o setor da Saúde, que terá uma despesa total consolidada de 14.858 milhões de euros no próximo ano.
“Posso estar a ver mal, mas não estou a ver como se vão fazer as revisões das carreiras. Como é que a carreira médica vai ser revista, nomeadamente com os sindicatos dos médicos, em termos salariais?”, questionou.
Miguel Guimarães recordou declarações recentes do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que defendeu que “é preciso valorizar as profissões de saúde”, considerando que não pode “estar mais de acordo” com o governante.
No entanto, face à proposta do Orçamento do Estado para 2023, “há aqui um desfasamento entre aquilo que o senhor ministro apresenta – aquilo que o senhor ministro diz – e aquilo que está no Orçamento do Estado”, notou.
LUSA/HN
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