Índia exige teste a quem chega da China e outros países asiáticos

30 de Dezembro 2022

 Os viajantes procedentes da China, incluindo Hong Kong, Japão, Coreia do Sul, Singapura e Tailândia que cheguem à Índia terão que apresentar, a partir de domingo, um teste negativo à Covid-19 para poderem entrar naquele país.

A medida foi anunciada esta quinta-feira pelo ministro da Saúde indiano, Mansuj Mandaviya, e, de acordo com a agência Europa Press, é uma resposta à crescente preocupação internacional com o aumento de casos de covid-19 na China, vinculados ao recente levantamento da maioria das restrições naquele país asiático.

A Índia, que adota assim um protocolo semelhante ao que já foi adotado por países como os Estados Unidos e a Itália, entre outros, já tinha começado a realizar testes à Covid-19, de forma aleatória, a dois por cento dos viajantes estrangeiros.

A Itália tornou obrigatória a testagem à Covid-19 para quem chega da China aos seus aeroportos. Mais de 50% das pessoas rastreadas à chegada ao aeroporto de Malpensa, em Milão, estavam infetadas.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, aumentou a pressão sobre a União Europeia para aderir à abordagem do seu Governo, ao defender que a testagem de todos os passageiros da China “só é eficaz se [tal] for feito a nível europeu”, notando que muitos chegam em voos de ligação através de outros países europeus.

No entanto, a União Europeia absteve-se de seguir, para já, a decisão da Itália, mas prometeu manter-se vigilante e pronta a agir em conjunto.

De acordo com a Comissão Europeia, que preside ao Comité de Segurança de Saúde, que se reuniu para analisar a situação, a subvariante BF.7 da variante Ómicron, que predomina na China, já circulava na Europa e a sua ameaça não cresceu de forma expressiva.

Após restrições rigorosas de viagem no auge da pandemia, a União Europeia regressou este outono a um sistema pré-pandemia de viagens livres, mas os países-membros concordaram que um “travão de emergência” pode, se necessário, ser ativado num curto período de tempo para enfrentar um desafio inesperado.

Portugal não prevê o reforço das medidas de controlo e mitigação da pandemia.

Em resposta na quarta-feira à Lusa, o Ministério da Saúde assegurou, no entanto, que as autoridades portuguesas estão a acompanhar a situação epidemiológica na China “em articulação com os parceiros europeus e organismos internacionais”.

Os Estados Unidos anunciaram nesse dia novos requisitos de testes à Covid-19 para todos os viajantes da China, juntando-se a alguns países asiáticos que impuseram restrições devido a um aumento de infeções.

O Japão exigirá um teste à Covid-19 negativo aos viajantes da China, a Malásia anunciou novas medidas de rastreio e vigilância. Índia, Coreia do Sul e Taiwan estão também a exigir testes para visitantes da China.

A Covid-19 é uma doença respiratória infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado há três anos na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, tendo assumido várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.

A doença é uma emergência de saúde pública internacional desde 30 de janeiro de 2020 e uma pandemia desde 11 de março de 2020.

LUSA/HN

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