Ano letivo arranca com uso obrigatório de máscara a partir do primeiro ciclo na Madeira

7 de Setembro 2020

 A abertura do ano letivo 2020/2021 na Madeira decorre entre esta segunda-feira e 17 de setembro, com uso obrigatório de máscara a partir do primeiro ano do 1.º ciclo e com testes à Covid-19 realizados a professores e funcionários.

“Estamos a falar de cerca de 6.200 professores e 42 mil alunos [no ensino público e privado], menos cerca de 1.800 alunos do que no ano anterior”, disse à agência Lusa o secretário regional da Educação, Jorge Carvalho, sublinhando que as aulas serão presenciais em todos os ciclos.

A pandemia de Covid-19 motivou a alteração das regras de funcionamento nos 130 estabelecimentos de ensino da Região Autónoma da Madeira, com o objetivo de minimizar o risco de contágio e atuar de forma assertiva na eventualidade de serem identificados casos suspeitos ou positivos.

Uma das medidas adotadas foi o desfasamento de turnos, com a definição de horários diferenciados para entrada e saída, na parte da manhã como na parte da tarde, de modo a evitar que os alunos afluam às escolas ao mesmo tempo.

“Algumas escolas optaram por dois tempos diferenciados de entrada, outras por três”, esclareceu Jorge Carvalho, indicando que a medida foi concertada em articulação com as empresas de transportes públicos, que procederam a alterações no horário das carreiras.

A Secretaria Regional da Educação procurou, por outro lado, distribuir os alunos de forma equilibrada entre os turnos da manhã e da tarde, diminuindo a respetiva carga horária, e nos estabelecimentos foram criados circuitos diferenciados de circulação.

“Em alguns casos foi possível, inclusive, manter-se pátios diferenciados para determinados anos e há escolas onde nos intervalos estarão apenas os alunos do mesmo ano”, indicou Jorge Carvalho.

No primeiro ano do 1.º ciclo, no 5.º ano e no 10.º ano foi estabelecido o referencial de 20 alunos por turma, podendo chegar ao limite máximo de 23, e, no geral dos ciclos, cada turma estará afeta a uma única sala na maior parte das escolas.

“Isto significa que quem vai circular no edifício são os professores e não os alunos, e, por outro lado, com a fixação das turmas a uma sala específica, fixamos cada aluno a uma secretária”, explicou o governante, vincando que a medida permite “atuar rapidamente, identificar e isolar áreas” se eventualmente for sinalizado algum caso suspeito ou positivo de infeção pelo novo coronavírus.

Jorge Carvalho sublinhou o “trabalho fantástico” das escolas da Região Autónoma da Madeira na preparação do novo ano letivo, considerando que a pandemia de Covid-19 motivou uma “quase revolução” na organização do quotidiano.

“A testagem [de professores e funcionários], o uso de máscara [por toda a comunidade escolar], a desinfeção das mãos são importantes, mas há um conjunto de outras medidas que não têm tanta visibilidade, mas que têm um papel fundamental naquilo que se espera para o quotidiano das nossas escolas, que é o de mantermos o ensino presencial”, afirmou.

Jorge Carvalho advertiu, no entanto, que o sucesso das medidas adotadas pelas escolas depende da atitude individual dos alunos e das suas famílias fora dos estabelecimentos de ensino, que deve ser sempre no sentido de evitar o contágio e a propagação da doença.

LUSA/HN

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