Com capacidade para servir cerca de 30 mil utentes, a unidade de saúde Fonte Nova já funciona desde janeiro e inclui a unidade de saúde familiar (USF) Rodrigues Miguéis e um polo da USF Monsanto.
A USF Rodrigues Miguéis substitui instalações de contentores pré-fabricados que existiam ao lado do atual centro de saúde e que estão a ser desmontados.
“Temos um centro de saúde desde 2013 no bairro da Boavista, em que não temos conseguido captar médicos e pô-lo a funcionar em pleno”, explicou aos jornalistas o presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Ricardo Marques (PS), dizendo que essa unidade foi um investimento de um milhão de euros.
Por isso, acrescentou, os utentes da Boavista recorrem à USF Monsanto, que apresenta agora dois polos: o que partilha o edifício com a USF Rodrigues Miguéis e as instalações na Boavista.
“Ainda fica uma pequena franja de aproximadamente cinco mil utentes que ficam sem médico de famílias, mas se conseguirmos pôr Boavista a funcionar em pleno, já temos cobertura integral de médicos de família na freguesia de Benfica”, anteviu o autarca.
A obra da unidade de saúde Fonte Nova foi lançada em 2020 e representou um investimento que ronda os três milhões de euros.
O novo edifício inclui uma unidade de cuidados complementares entre as duas USF e reforçou as especialidades de fisioterapia, com mais dois profissionais, e de nutrição.
Depois de estarem em instalações “miseráveis”, junto à Escola Secundária José Gomes Ferreira, a USF Rodrigues Migueis esteve cerca de 12 anos a funcionar em contentores, como descreveu o antigo coordenador da unidade após a inauguração.
“As instalações eram provisórias”, disse António Alvim aos jornalistas, salientando que “estava-se lá bem”, mas que há uma “melhoria substancial” com o novo centro.
Presentes na abertura oficial estiveram o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), e o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
Numa intervenção na inauguração da nova unidade, Carlos Moedas pediu “um empurrãozinho” a Manuel Pizarro de forma a acelerar a abertura de outros dois centros em Lisboa, um no Beato e outro na Ajuda.
Na resposta, o ministro garantiu que estão “praticamente concluídos”.
O presidente do município contou ainda que já mais de 10 mil idosos aderiram ao Plano Saúde Lisboa 65+.
LUSA/HN
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