A campanha “Leva-me a sério”, que tem como protagonista o humorista Herman José, “reflete a ironia de haver uma doença grave e potencialmente fatal, a pneumonia pneumocócica, que, apesar de ser prevenível através de vacinação, ainda é responsável pela morte de muitas pessoas por ano”, afirma em comunicado o MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação.
“É com enorme expectativa que lançamos mais uma campanha de sensibilização”, numa altura em o país está “prestes a entrar na época percecionada como a de maior incidência de gripe e pneumonia”, afirma a fundadora do MOVA, Isabel Saraiva, citada no comunicado.
Isabel Saraiva defende que, “se a aposta na prevenção sempre foi fundamental, sobretudo entre os grupos de risco, perante o contexto atual” de pandemia de covid-19 “é imperativo” poder “contribuir para a diminuição do recurso aos cuidados de saúde, através da prevenção de doenças pela vacinação”.
“De tom imperativo”, a campanha “traz uma mensagem sóbria, tornada positiva e convidativa através de um rosto amigo, que normalmente nos faz sorrir: Herman José”, refere o MOVA.
O convite feito ao humorista surgiu pela “confiança por si suscitada, pela influência que tem junto dos portugueses, pela própria faixa etária a que pertence (faz parte de um dos principais grupos de risco, maiores de 65 anos de idade), mas, sobretudo, pelo impacto” de ter alguém que faz, “habitualmente, rir, a falar de temas sérios”, além da sua “indiscutível popularidade e abrangência”.
Com esta campanha, e através de Herman José, para quem “é um orgulho aceitar dar o nome e a cara a uma causa tão nobre, para mais, num formato tão criativo e tão artístico”, o movimento pretende “mostrar de forma clara que a vacinação pode fazer a diferença entre a vida e a morte, que as vacinas salvam vidas e que protegem as populações para as quais são indicadas”.
A campanha vai estar presente ‘online’ e na televisão, através de ‘spots’, ‘banners’, um ‘survey’ e um microsite, até ao final de novembro
“Ao longo de cerca de dois meses, a população será impactada através de mensagens gerais, transversais a todos, e através de mensagens especiais, dedicadas a diferentes grupos de risco”, sublinha.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, a pneumonia foi responsável, em 2018, pela morte de 16 pessoas por dia, totalizando 5,1% de todas as mortes em Portugal.
Entre os grupos de risco estão crianças de pouca idade, idosos, diabéticos e pessoas com doenças respiratórias crónicas, doenças cardíacas, oncológicas, renais e portadores de VIH.
Existe desde junho de 2015 uma norma da Direção-Geral da Saúde que recomenda a vacinação antipneumocócica a todos os adultos pertencentes a grupos de risco.
Para o movimento, “é tempo” de levar “este documento a sério”, porque é “um investimento” na saúde, na prevenção de eventuais internamentos por pneumonia pneumocócica e na redução do número de mortes por esta causa.
LUSA/HN
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