“Espero que possa ser nas próximas semanas. Evidentemente que estamos sempre dependentes da evolução epidemiológica, da evolução deste vírus. Mas queremos criar condições, juntamente com os organizadores, não só do futebol, mas de todas as outras modalidades. No desporto, de uma forma geral, precisamos também de público”, referiu.
À margem da apresentação da Volta a Portugal em bicicleta, o governante lembrou que tem havido um trabalho “com as autoridades da saúde, com o Ministério da Saúde, para criar as condições para que o desporto não fique para trás”.
“Quando temos público noutros eventos, queremos ter público no desporto. Estamos a fazê-lo para acontecer com a maior segurança possível. Sabemos que esta pandemia não vai ficar resolvida nos próximos dias, nos próximos meses, portanto temos de retomar as nossas vidas. Chegaremos naturalmente ao momento em que criaremos condições para poderemos ter público em segurança nos eventos desportivos. Os artistas dos espetáculos desportivos, que são naturalmente os atletas, merecem evidentemente o seu público, que também faz parte do espetáculo”, assumiu.
João Paulo Rebelo recordou que a Direção-Geral da Saúde (DGS) tinha aconselhado “um desfasamento de momentos que envolvem muitos milhões de portugueses, como o regresso aulas”.
Sobre a existência de público no entre o Fontinhas e o Estrela da Amadora, na ilha Terceira, o secretário de Estado da Juventude e Desporto disse que a autonomia regional das ilhas, quer do arquipélago dos Açores como da Madeira, lhes permite tomar esse tipo de decisões.
Sobre o regresso das outras modalidades, com casos positivos em alguns clubes e as dificuldades económicas para fazer testes de outros, João Paulo Rebelo lembrou que há “uma orientação da DGS, que sugere um conjunto de medidas, entre as quais a utilização dos testes, que as federações desportivas podem usar para o desenrolar das suas modalidades”.
“Tenho a certeza que todos os clubes e todas as federações estão a trabalhar de forma a cumprir com essa orientação, mas sobretudo a cumprir com o que é a nossa responsabilidade de termos as mais desejáveis condições sanitárias”, disse.
O governante lembrou que “o teste não é uma vacina”, mas que serve também de prevenção da propagação do vírus, revelando que o Governo está a preparar um protocolo com o Instituto de Medicina Molecular para “fazer um conjunto de testes naquelas modalidades e federações desportivas que têm maiores dificuldades”.
“É fundamental dizer que sabemos que há um grau de risco em algumas atividades da nossa vida, como ir a um restaurante, a um supermercado, andar em transportes públicos, ir à escola. O que devemos estar focados é reduzir ao máximo esse risco”, referiu.
LUSA/HN
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