Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a febre de dengue está a aumentar novamente devido às alterações climáticas.
O Bangladesh regista casos de dengue desde a década de 1960, mas a primeira epidemia documentada data de 2000. Os cientistas atribuem a epidemia de 2023 à irregularidade das chuvas e às temperaturas mais quentes durante a estação das monções, que criaram condições ideais para a reprodução dos mosquitos.
A OMS refere que a dengue e outras doenças como a chikungunya, febre amarela e zika, transmitidas por mosquitos, estão a propagar-se mais rapidamente devido às alterações climáticas.
A agência France-Presse dá conta que no Hospital Mugda, situado na capital do Bangladesh, três dos dez andares do edifício estão cheios de doentes com dengue.
Mais de 1000 pacientes divididos por três andares estão atualmente a ser tratados no Hospital Mugda, que tem apenas 400 camas disponíveis, estando milhares de outros a ser tratados em regime de ambulatório.
De acordo com o diretor do Hospital de Mugda, Mohammad Niamatuzzaman, os médicos de clínica geral ficaram sobrecarregados e tiveram de chamar outros colegas dos serviços especializados.
“É uma emergência, mas uma emergência a longo prazo”, disse Niamatuzzaman à AFP, acrescentando que o seu hospital já registou 158 mortes relacionadas com a dengue este ano, cinco vezes mais do que no ano passado
Esta doença endémica das zonas tropicais provoca febres altas, dores de cabeça, náuseas, vómitos, dores musculares e, nos casos mais graves, hemorragias que podem levar à morte.
LUSA/HN
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