Nas últimas semanas, alguns hospitais do país estão a enfrentar dificuldades em garantir escalas completas das equipas, sobretudo para os serviços de urgência, uma vez que vários médicos estão a recusar-se fazer mais do que as 150 horas extraordinárias anuais previstas na lei.
Num levantamento feito esta semana sobre a entrega de minutas de recusa de horas extraordinárias, a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) salientou que a situação está a provocar encerramentos e constrangimentos nos serviços de urgências, mas também nas escalas de outros serviços hospitalares.
Segundo a FNAM, cerca de 2.000 médicos já se recusaram fazer mais horas extras do que as legalmente previstas.
Também esta semana, a porta-voz do movimento Médicos em Luta disse à Lusa que o Sistema Nacional de Saúde “está a ruir” e que os médicos já não conseguem travar essa “demolição”, registando-se constrangimentos em 27 hospitais do país.
O Hospital de Santa Maria – o maior do país – apelou hoje para que apenas recorram à sua urgência os doentes que necessitam de cuidados urgentes e emergentes, alegando que o serviço está sob grande pressão por estar a receber utentes de outros hospitais.
LUSA/HN
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