João Breda: Reforma em curso “tem muito a ver com as questões da equidade e apostar na qualidade e nos resultados”

27 de Outubro 2023

Após participar numa das últimas sessões do 46.º Congresso Mundial dos Hospitais, esta sexta-feira, João Breda, da OMS, sublinhou a importância das reformas focadas em “outcomes that matter to patients”. “Portugal tem em curso uma reforma que (…) tem muito a ver com as questões da equidade e apostar na qualidade e nos resultados", referiu ainda.

“Portugal tem em curso uma reforma que (…) tem muito a ver com as questões da equidade e apostar na qualidade e nos resultados com os doentes. Melhorar a qualidade de vida dos doentes e das suas famílias é o mais importante, e nem sempre isso tem sido incorporado ao longo das décadas, em termos das decisões que são tomadas e da forma como desenhamos os nossos cuidados de saúde. Há uma grande tendência hoje em dia para nos focar-nos em reformas que realmente trazem mais resultados para os doentes e que melhoram a sua qualidade de vida. Isso é verdadeiramente importante. Implica liderança, implica medir mais e melhor e de uma forma transparente, implica um foco não apenas em volume, mas um foco na qualidade, nos resultados. E implica trabalhar em equipa, fazer as coisas em conjunto”, disse ao HealthNews João Breda, Special Adviser, WHO Regional Office for Europe.

O moderador da sessão “Better quality for better hospitals: Building hospital resilience through quality of care” teve a oportunidade de ouvir Fernando Araújo (diretor executivo do SNS), Stefan Larsson (CEO, Lovang Advisory AB, Sweden), Alexandre Lourenço (presidente do Conselho de Administração Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra) e, no comentário final, Mafaten Chaouali (Technical Officer, Hospitals – Quality and Patient Safety, WHO Regional Office for Europe, Denmark). Momentos depois, João Breda disse ao HealthNews: “Como se viu hoje durante as apresentações, temos um grande problema com os profissionais de saúde. Em todos os países europeus, há elevados níveis de burnout e dificuldades. Portanto, precisamos mesmo de apostar em soluções que valorizem os profissionais de saúde e os ajudem a trabalhar mais em equipa, de uma forma mais integrada.”

“Os profissionais de saúde são pessoas que escolheram essas profissões com uma intenção que normalmente é servir as pessoas e ajudar o próximo. Se nós dermos oportunidade aos profissionais de saúde para se organizarem e para serem mais inovadores e criativos, não apenas numa lógica de volume, mas numa lógica de qualidade, acreditamos que os resultados serão melhores”, acrescentou.

Com reformas comprometidas com os resultados importantes para os doentes, ou ‘outcomes that matter to patients’, “seguramente conseguimos melhorar a qualidade de vida das pessoas”, defendeu João Breda.

HN/RA

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