O esclarecimento do HGO surge na sequência de um alerta lançado hoje pelo Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) de que o Serviço de Urgência Geral do hospital pode entrar em rotura a curto prazo.
“Os médicos estão em exaustão, a trabalhar em condições que não permitem garantir a capacidade de resposta às exigências do momento atual: se não forem tomadas medidas, irá haver uma rotura na capacidade de resposta a curto prazo”, advertiu SMZS em comunicado.
Numa nota enviada à agência Lusa, o Hospital Garcia de Orta assegura que “continua a trabalhar para prestar os melhores serviços à população, mesmo neste difícil contexto pandémico, no respeito pelos níveis de qualidade e segurança estabelecidos”.
“As necessidades provocadas pela covid-19 obrigaram a uma rápida adaptação da capacidade de prestação de serviços pelo HGO, com a reafectação de recursos, com efeitos entre os seus profissionais, por exemplo, nos limites estabelecidos para a realização de trabalho extraordinário ou suplementar”, explica.
Obrigaram também, segundo o hospital, “a uma reestruturação dos projetos de beneficiação das instalações, em função das novas necessidades e da situação de exceção vivida, que se mantém”.
Mas, apesar dos constrangimentos decorrentes do atual contexto de pandemia, o Hospital Garcia de Orta afirma que “não considera o encerramento do Serviço de Urgência Geral”.
O Sindicato dos Médicos da Zona Sul refere que o Hospital Garcia de Orta tem um Serviço de Urgência Geral Polivalente, com uma afluência média de 300 doentes adultos por dia, e tem uma área de influência direta de 350.000 habitantes, “o que obriga a um número mínimo de elementos diferenciados muito acima daquele que tem sido planificado nas escalas médicas do SU geral”.
Portugal contabiliza pelo menos 1.983 mortos associados à covid-19 em 77.284 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
LUSA/HN
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