O auditório da Biblioteca Municipal de Castro Marim vai acolher o congresso, que é organizado pela Estrutura Residencial e Centro de Dia de Alzheimer e Demências José Cabrita, em parceria com a autarquia e a Universidade do Algarve, e conta com a participação de médicos, psicólogos e especialistas nestas patologias, adiantou o presidente da autarquia, Francisco Amaral.
A sessão de abertura realiza-se a partir das 09:00 e contará com a participação do presidente da Câmara de Castro Marim, do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, José Cabrita, do presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, e da diretora do Centro Distrital de Segurança Social de Faro, Margarida Flores, adiantou a organização num comunicado.
Francisco Amaral disse à agência Lusa que esta doença é uma patologia “cada vez mais prevalente”, que continua a ser “desconhecida”, e é necessário cada vez mais “saber lidar com doentes deste tipo”, que requerem cuidados específicos.
“Os familiares não sabem, muitos colaboradores dos lares e das UCC [Unidades de Cuidados Continuados] também desconhecem e não sabem, porque, como se imagina, são idosos com características especiais, que requerem cuidados especiais, e há que saber exatamente como lidar com estas situações”, afirmou o autarca para justificar os motivos na base da realização do congresso.
O presidente da Câmara algarvia recordou que Castro Marim tem um lar de Alzheimer que “é o único a sul de Lisboa”, que conta com “técnicos e médicos especializados já nesta área” e dispõe de apoio científico, nomeadamente da Universidade do Algarve.
“E como tal achámos por bem fazer o primeiro congresso de Alzheimer do Algarve, para dar a conhecer esta patologia e os cuidados que há que ter com esta patologia”, argumentou, apontando “médicos, enfermeiros, técnicos, colaboradores de lares e de UCC e também familiares” como os principais destinatários do Congresso, que é gratuito, mas requer inscrição prévia.
Francisco Amaral salientou que os trabalhos vão contar com “médicos, psicólogos, técnicos e especialistas ligados a universidades, de todo o país”, que trabalham com estas patologias e vão “sensibilizar e ensinar a lidar com estas situações e as suas implicações”, aportando uma “mais-valia importante” para quem tem de tratar com estes doentes.
“Falamos em dramas familiares, este lar [em Castro Marim] está cheio e devia haver mais uma meia dúzia deles aqui no Algarve. Alguns doentes com demência estão nos lares, que não têm conhecimentos técnicos para lidar com estas situações, alguns estão com a família, que ainda tem menos conhecimento, e é exaustivo estar 24 horas de serviço a tratar de um familiar com demência”, reconheceu.
Francisco Amaral salientou que muitos destes familiares “estão desesperados porque têm um familiar com demência em casa” e classificou como “acertadíssima” a decisão de avançar para a criação da Estrutura Residencial e Centro de Dia de Alzheimer e Demências José Cabrita, em Castro Marim.
O autarca alertou ainda que a experiência com esta estrutura residencial mostra que “a demência não é só doença de idosos” e encontram-se também “internadas pessoas com 50 e 60 anos”.
O encerramento do congresso está marcado para o dia 28, com uma sessão que contará com a vice-presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Filomena Sintra, o presidente do Secretariado Regional da União das Misericórdias Portuguesas, Armindo Vicente, e a Diretora Técnica da Estrutura Residencial José Cabrita, Iola Fernandes, referiu ainda a autarquia.
LUSA/HN
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