O evento, marcado para 17 de setembro às 21 horas, em frente ao Hospital de Santo André, em Leiria, visa alertar para a fragilidade atual do sistema de saúde na região.
A iniciativa, liderada pelo Sindicato dos Médicos da Zona Centro (SMZC), conta com o apoio de vários sindicatos da área da saúde. Sandra Hilário, dirigente sindical da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), destaca a urgência da situação: “Desafiamos a população a juntar-se a nós e a lutar por um SNS saudável, pois este está muito doente. É muito triste se morrer com 45 anos.”
A ULSRL, que serve cerca de 400 mil habitantes, enfrenta desafios significativos. Aproximadamente 110 mil utentes não têm médico de família, e os serviços de urgência enfrentam constrangimentos em todas as especialidades. A situação é particularmente crítica na obstetrícia, com grávidas frequentemente encaminhadas para outros hospitais.
Recentemente, a ULSRL conseguiu contratar 23 médicos através de concursos lançados em agosto, preenchendo apenas uma fração das 84 vagas disponíveis. Esta escassez de profissionais reflete-se na sobrecarga dos serviços, com os profissionais a realizarem milhares de horas extra para garantir os cuidados necessários.
Os sindicatos sublinham a necessidade de investir no SNS, “revitalizando todas as suas células e os seus recursos, rejuvenescendo os seus órgãos e impedindo o seu fim”. Apelam à participação ativa da comunidade, argumentando que a população da região “tem direito à saúde e a uma resposta de proximidade e de qualidade”.
Esta vigília representa um momento crucial de união entre profissionais de saúde e utentes, numa tentativa conjunta de chamar a atenção para as necessidades urgentes do SNS na região de Leiria e de exigir medidas concretas para a sua melhoria e sustentabilidade.
NR/HN/Lusa
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