“Há claramente, e lamento dizê-lo, uma falta de liderança assumida por parte do Ministério da Saúde, fruto da sua má forma de comunicação”, afirmou o antigo secretário de Estado Adjunto do primeiro Governo PSD/CDS-PP de Passos Coelho e que chegou a assumir funções de ministro no segundo executivo da coligação que durou menos de um mês.
No painel de abertura das jornadas parlamentares do PSD, dedicado à resposta de Portugal à crise sanitária, quer à pandemia quer aos doentes não-covid, Leal da Costa considerou que “tem havido um enorme desgaste na capacidade de liderança do Ministério da Saúde” ao longo da pandemia.
“Era impossível que os portugueses não se fartassem de ter todos os dias uma conferência de imprensa de imprensa para, na maior parte dos casos, não dizer absolutamente nada de novo. É de facto uma desgraça completa do ponto de vista da capacidade de comunicação”, criticou.
O antigo governante acusou ainda o Governo de, desde o início da pandemia, se ter mostrado “totalmente incapaz” de usar todo o sistema de saúde e manter, até hoje, “uma política de antagonismo” entre o setor públicos e os setores social e privado.
Leal da Costa considerou que o período de desconfinamento não foi “suficientemente bem aproveitado” para se criarem respostas na intervenção e tratamento dos doentes, estranhando, por exemplo, que só em outubro se tenha anunciado a construção de uma nova unidade de cuidados intensivos do hospital Fernando da Fonseca, em Lisboa.
LUSA/HN
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