Hospital do Funchal atendeu média diária de 400 pessoas dentro dos “tempos normais”

5 de Janeiro 2025

O Governo da Madeira anunciou que o serviço de Urgência do Hospital do Funchal atendeu uma media diária de 400 pessoas desde 20 de dezembro, assegurando que foram tratados “dentro dos tempos normais e protocolados pela triagem de Manchester”.

“Desde o dia 20 de dezembro de 2024, o Serviço de Urgência do HNM (Hospital Dr.Nélio Mendonça) assegurou cuidados de saúde emergentes a mais de 5.000 pessoas, uma média diária de atendimentos na ordem dos 400 utentes, atendidos dentro dos tempos normais e protocolados pela triagem de Manchester”, lê-se na informação escrita enviada à agência Lusa.

Esta nota do gabinete do secretário regional da Saúde surge numa reação às críticas e apelos dos partidos políticos sobre o alegado “caos” registado naquele serviço de urgência nos últimos dias.

A informação indica que “o Serviço de Saúde da RAM (Região Autónoma da Madeira) registou desde as 00:00 até às 15:30, do dia 04 de janeiro de 2025 (sábado), um total de 187 atendimentos”, mencionando que “grande parte dos atendimentos são problemas respiratórios, cerca de 80%”.

“O número de altas clínicas mantém-se igual, ao anunciado a 03 de janeiro, ou seja, 230”, refere sem adiantar mais qualquer elemento sobre a situação registada naquela unidade hospitalar.

No sábado, o CDS-PP e o Chega da Madeira alertaram para o grave condicionamento no tratamento de utentes devido ao pico de afluência às urgências do Hospital do Funchal, apelando ao Governo Regional o reforço de meios.

Segundo o CDS-PP, a Madeira vive uma “situação de verdadeira emergência” na área da saúde e “todos devem colaborar para dar uma resposta eficaz a esta situação excecional”.

“A qualidade dos atos clínicos e de enfermagem têm que ser prestados em tempo útil e dentro dos prazos recomendados”, disse.

Por seu turno, o líder do Chega/Madeira, Miguel Castro, denunciou o “caos instalado na saúde” na região, mencionando, em comunicado que, hoje “60 utentes aguardavam internamento nos corredores das urgências do Serviço Regional de Saúde (SESARAM), um reflexo direto da falta de planeamento e da incapacidade de resposta da tutela”.

O eleito do Chega ainda mencionou que “mais de duas dezenas de doentes que já receberam alta médica permanecem internados nos hospitais da região, não por necessidade clínica, mas devido à ausência de alternativas familiares ou sociais para assegurarem os cuidados necessários após a alta”.

No seu entender, “esta situação demonstra o fracasso das políticas sociais e de saúde da Região, que não oferecem soluções dignas para os cidadãos em situações vulneráveis”, considerando ser “inadmissível e exige uma resposta imediata”.

NR/LUSA/HN

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