Trabalhadores da saúde exigem ao Governo resposta às suas reivindicações

4 de Novembro 2020

Uma centena de representantes dos trabalhadores da saúde concentraram-se esta quarta-feira junto ao Centro Hospitalar Universitário de Coimbra para exigir a valorização das carreiras, o reforço do número de trabalhadores e a atribuição do subsídio de risco.

A concentração dos representantes dos trabalhadores junto ao Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, insere-se na Semana de Luta Nacional dos Trabalhadores da Saúde, promovida pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) que se iniciou na segunda-feira, no Porto e que vai terminar na sexta-feira, em Lisboa, junto ao Hospital de S. José.

Em declarações à agência Lusa, José Dias, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro (STFPSCentro), disse que aquilo que está em causa é a ausência de resposta a um conjunto de reivindicações apresentadas ao Governo para a melhoria das condições de trabalho e o reforço da qualidade dos serviços prestados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“São necessários mais trabalhadores no SNS e melhores salários. Grande parte dos assistentes operacionais auferem o salário mínimo nacional e os assistentes técnicos recebem pouco mais do que isso. Os nossos direitos não são respeitados porque não há pessoal”, afirmou.

O sindicalista defendeu ainda mais investimento para o SNS, de modo a que este possa cumprir o seu papel com dignidade.

Após a concentração junto ao Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, os trabalhadores, dirigentes e delegados sindicais seguiram para a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), onde efetuaram a entrega de uma resolução aprovada momentos antes.

No documento a que a Lusa teve acesso, exigem do Governo o reforço do número de trabalhadores no SNS, “de forma a dar resposta às necessidades permanentes dos serviços e o fim do recurso ao trabalho precário”.

Querem ainda a reposição e a valorização das carreiras específicas da saúde, extintas em 2008 e a atribuição do suplemento de risco “a todos os trabalhadores do Serviço nacional de Saúde”.

Por último, exigem a “aplicação integral” do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos hospitais EPE e “a negociação do ACT da carreira dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, técnicos superiores de saúde e das carreiras não revistas”.

Adiantam ainda que, caso o Governo persista “em ignorar as justas reivindicações” dos trabalhadores da saúde, não excluem nenhuma forma de luta até que estas sejam satisfeitas.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Mónica Nave: “É muito importante conhecer as histórias familiares de doença oncológica”

No âmbito do Dia Mundial do Cancro do Ovário, a especialista em Oncologia, Mónica Nave, falou ao HealthNews sobre a gravidade da doença e a importância de conhecer histórias familiares de doença oncológica. Em entrevista, a médica abordou ainda alguns dos principais sintomas. De acordo com os dados da GLOBOCAN 2022, em Portugal foram diagnosticados 682 novos casos de cancro do ovário em 2022. No mesmo ano foi responsável por 472 mortes, colocando-o como o oitavo cancro mais mortal no sexo feminino.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights