Israel manda preparar plano de vacinação

24 de Novembro 2020

O Gabinete Coronavírus de Israel determinou a preparação de um plano de vacinação contra o SARS-CoV-2, a ser apresentado ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e ao seu parceiro de coligação e ministro da Defesa, Benny Gantz.

O Ministério da Saúde israelita considera que a vacina deve ser obrigatória, embora ainda não se tenha legislado nesse sentido.

O Estado hebreu já assinou acordos para a compra de vacinas com a Moderna, Pfizer, AstraZéneca e Arcturus, bem como com a italiana ReiThera, para quando esta a tiver, e está em negociações com a Rússia.

O Instituto de Investigação Biológica israelita está também a trabalhar numa vacina e já começou os testes em humanos.

Além da preparação de uma campanha de vacinação que abranja toda a população, o Gabinete Coronavírus determinou o regresso à escola hoje dos alunos do segundo ciclo do ensino básico, cerca de 300 mil estudantes que não tinham aulas presenciais há mais de dois meses.

Os alunos do 10.º ao 12.º começarão as aulas no próximo domingo e os do 7.º ao 9.º a partir de dia 06 de dezembro, decidiram hoje as autoridades.

Exceção são os estudantes residentes em zonas com uma alta taxa de contágio (as ‘zonas vermelhas’), que continuarão com aulas à distância.

Israel regressou às medidas mais restritivas para travar a pandemia de covid-19 em meados de setembro, quando enfrentava uma segunda vaga que deu ao país uma das maiores taxas de morbilidade em todo o mundo.

Desde meados de outubro, o Estado hebreu tem vindo lenta e gradualmente a levantar as medidas.

Apesar das restrições e confinamentos seletivos, as autoridades de saúde advertem que o índice de contágio ainda não baixou o suficiente: a média da semana passada foi de 754 casos diários e o governo quer alcançar uma média diária estável de menos de 500.

Israel, com perto de nove milhões de habitantes, conta com mais de 330 mil infetados, incluindo 2.811 mortes, desde o início da pandemia em março. Por enquanto mantém a pressão hospitalar sob controlo, com 275 doentes em estado grave.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 1.397.322 mortos entre os mais de 59,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência France-Presse.

LUSA/HN

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