Em conferência de imprensa na sede da organização, em Genebra, o diretor geral, Tedros Ghebreyesus, afirmou que na semana passada se verificou uma redução em novos casos, sobretudo conseguida no continente europeu, “devido à eficácia de medidas difíceis, mas necessárias” de restrição à liberdade de movimentos das populações.
Contudo, recomendou “extrema cautela” na análise destes resultados, indicando que em outras regiões do globo tal não se verificou.
Apontando para a época festiva de dezembro, comum a “muitas culturas e países”, afirmou que “estar com família e amigos não justifica colocar ninguém em risco”.
“A pandemia mudará como se celebra, mas não significa que não se possa celebrar”, declarou, defendendo que um dos cuidados principais será evitar viagens e recomendando que se celebre dentro de cada agregado familiar “evitando ajuntamentos com agregados familiares diferentes”.
Se se juntarem vários agregados, deverão fazê-lo “no exterior, se possível”, e devem também evitar-se “centros comerciais cheios”, optando por alturas em que haja menos aglomerados ou por fazer compras pela Internet.
Questionado sobre a missão anunciada pela OMS para ir à China investigar a origem do novo coronavírus mas que ainda não partiu para o terreno, Tedros Ghebreyesus reiterou que a organização está a “fazer tudo para saber a origem”.
“Esta é uma questão técnica apesar de haver quem a queira politizar. Estamos a fazer tudo o que podemos, mas baseados na ciência”, afirmou.
A questão da missão à China relaciona-se com acusações, nomeadamente da administração norte-americana, sobre a alegada subserviência da OMS à China.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 1.460.018 mortos resultantes de mais de 62,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 4.505 pessoas dos 298.061 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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