Em causa está a estratégia “Ficar a salvo da Covid-19 durante o inverno”, hoje divulgada em Bruxelas, na qual a Comissão Europeia recomenda aos Estados-membros que, “quando disponível, devem encorajar as pessoas que tencionam viajar a obter a vacina contra a gripe sazonal”.
No capítulo relativo a “Manter viagens seguras dentro da UE”, o executivo comunitário defende que se deve “assegurar que, se for solicitada a quarentena e testes aos viajantes – isto é, na situação em que um país tenha reduzido os níveis de transmissão para perto de zero -, estes requisitos sejam proporcionais, não discriminatórios, claramente comunicados e facilmente seguidos”.
Deve, também, ser avaliado “como os testes podem levar ao levantamento da quarentena ou de outras restrições para os viajantes”.
E nos casos em que forem impostos requisitos de quarentena para viagens a partir de uma área de alto risco, Bruxelas sugere que os países “considerem encurtar o tempo de quarentena necessário caso se obtenha um teste PCR [molecular] negativo ao fim de sete dias após o regresso”.
Outro dos conselhos da instituição é que os Estados-membros “reforcem as campanhas de comunicação para desencorajar fortemente as pessoas com sintomas de Covid-19 de viajar”.
No que toca às infraestruturas de viagem, como aeroportos, devem estar “preparadas, equipadas e tripuladas, respeitando os protocolos de higiene em vigor, de modo a que os riscos para os viajantes sejam minimizados na medida do possível, reduzindo ao mínimo os tempos de espera, as aglomerações e o congestionamento”, considera Bruxelas.
A Comissão Europeia insiste, ainda, que seja mantida a livre circulação na UE.
No passado fim de semana, após questões da agência Lusa, o Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) considerou que as viagens na UE durante o Natal e fim de ano terão “pouco impacto” na propagação da Covid-19, devido à “transmissão interna significativa” nos países.
Numa altura em que se aproxima o período festivo, e perante questões da Lusa sobre o impacto de viagens de, por exemplo, cidadãos europeus que vão visitar família noutro Estado-membro da UE, o ECDC disse em resposta escrita que este tipo de trajetos terá “pouco peso” na propagação da Covid-19, desde que colmatado com outras medidas de contenção.
“Numa situação epidemiológica com uma transmissão comunitária interna significativa, como é o caso atual em todos os Estados-membros da UE e do Espaço Económico Europeu, o peso da transmissão através do turismo e das viagens será provavelmente pequeno em comparação com a transmissão contínua que ocorre no contexto local e como resultado do transporte local”, explicou aquela agência europeia à Lusa.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.468.873 mortos resultantes de mais de 63,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo.
LUSA/HN
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