Miguel Albuquerque falava aos jornalistas à margem de uma visita ao novo acesso à via rápida destinado apenas às viaturas da equipa médica de intervenção rápida (EMIR) e localizado no Pinheiro Grande, junto à Cancela, que está sediada no Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira.
“Foram 18 [casos], 17 provenientes do Reino Unido e um de Lisboa e Vale do Tejo”, disse o governante.
Em videoconferência em 21 de dezembro, Miguel Albuquerque anunciou que o Governo da Madeira iria proceder, em articulação com o Instituto Ricardo Jorge, a análises de casos positivos oriundos do Reino Unido, para avaliar se a nova estirpe do vírus já havia chegado à região.
“Nós próprios vamos fazer uma análise genética de um conjunto de casos que foram detetados ao longo dos últimos meses na Madeira para ver se essa variante do vírus chegou a estar na Madeira, está na Madeira ou não”, disse.
No domingo, a Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil da Madeira confirmou ter detetado a presença da nova estirpe do SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, em viajantes que chegaram à região provenientes do Reino Unido.
“Na sequência da análise genética pedida pela Direção Regional de Saúde ao Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge a uma amostra de alguns casos positivos detetados na Região Autónoma da Madeira, foi confirmada a presença da nova estirpe do vírus do Reino Unido na Madeira”, revelou.
A nota, que não especificava o número de infetados, referia que “esta identificação só foi possível graças ao trabalho desenvolvido pelo Centro de Rastreio do Aeroporto Internacional da Madeira, o qual permite rastrear, identificar e encaminhar para isolamento casos positivos, quando detetados”.
A tutela sublinhou que a estratégia para controlar a pandemia na região se mantém “com enfoque na vigilância dos passageiros” e no cumprimento das orientações das autoridades de saúde.
A nova estirpe do coronavírus SARS-CoV-2 identificada no Reino Unido, apresentada como mais contagiosa e que está a inquietar o mundo, já está a circular em vários países e territórios, dentro e fora da Europa.
Na sequência da identificação desta nova variante do SARS-CoV-2, diversos países, dentro e fora da Europa, decidiram suspender as ligações, nomeadamente aéreas, com o Reino Unido, uma lista que tem vindo a aumentar.
A estirpe britânica do vírus já foi também detetada, pelo menos, na Suécia, Itália, Holanda, Alemanha, França, Espanha, Noruega e no Japão.
Grande parte da União Europeia (UE) começou a vacinação contra a covid-19 no domingo, numa ação que será desenvolvida de forma gradual e cuja primeira fase incidirá sobre as pessoas mais vulneráveis, idosos ou profissionais de saúde especialmente expostos a infeções.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde afirmou que as primeiras vacinas contra o novo coronavírus deverão manter pelo menos alguma eficácia contra a nova variante mais contagiosa oriunda do Reino Unido.
LUSA/HN
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