Japão declara estado de emergência sanitária em Tóquio durante um mês

7 de Janeiro 2021

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, declarou esta quinta-feira um novo estado de emergência em Tóquio e nos seus subúrbios por um mês face ao aumento de novas infeções diárias devido ao novo coronavírus.

Yoshihide Suga anunciou esta quinta-feira a ativação desta disposição legislativa “devido ao sério sentimento de perigo perante a rápida expansão nacional (do vírus)”, durante uma reunião com um painel de especialistas.

A declaração de emergência implicará novas restrições ao horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais considerados não essenciais, bem como o pedido de permanência dos cidadãos em casa, embora sem incluir o internamento obrigatório, entre outras medidas.

O Japão ultrapassou na quarta-feira pela primeira vez as 5.000 infeções diárias devido ao novo coronavírus, a maioria em Tóquio.

Em todo o país foram registados 5.307 novos casos, o primeiro número acima dos cinco mil desde o início da pandemia, havendo níveis de recordes diários em várias cidades, segundo estatísticas divulgadas pela televisão estatal NHK.

Em Tóquio foram registados na quarta-feira 1.591 novos casos, o que é também um novo recorde de contágios diários. A capital do país tem cerca de um quarto das quase 260.000 infeções acumuladas em todo o país.

Estes dados foram conhecidos antes de o Governo central declarar um novo estado de emergência na capital e em outras três cidades vizinhas, as mais afetadas pela terceira onda de infeções observada no Japão desde meados de novembro.

O novo estado de emergência, como o que vigorou entre os meses de abril e maio, não inclui o confinamento obrigatório da população, uma vez que a legislação do Japão não prevê essa medida.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.869.674 mortos resultantes de mais de 86,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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