“O nível neste momento de contágios em Portugal e em Espanha estão com resultados que exigem uma resposta decisiva. E é isso que estamos a fazer”, afirmou Eduardo Cabrita, em reação a manifestações por causa do impedimento de se cruzar a fronteira em todos os pontos que ligam o Alto Minho à Galiza, em Espanha.
O governante falava aos jornalistas em Castelo Branco, onde se deslocou para presidir à cerimónia de assinatura do protocolo entre a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e a MOvijovem – Mobilidade Juvenil, para o funcionamento de cinco Estruturas de Apoio de Retaguarda (EAR) em pousadas da juventude.
O diretor do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho exigiu na quinta-feira ao Governo “respeito” pelos seis mil trabalhadores transfronteiriços impedidos de cruzar a fronteira em todos os pontos que ligam o Alto Minho à Galiza, em Espanha.
Eduardo Cabrita manifestou “muita compreensão” em relação à situação e sublinhou que tem mantido diálogo com todos os autarcas do país.
“Compreendo a preocupação e por isso, tem havido pleno diálogo. E, como tenho dito, é feita uma reavaliação quinzenal que em função da evolução da pandemia poderá ponderar a alteração de horários ou de número de postos de passagem obrigatória”, sustentou.
No Alto Minho, o atravessamento da fronteira durante 24 horas apenas está autorizado na ponte nova de Valença, e em Monção há um ponto de passagem que está disponível nos dias úteis, das 07:00 às 09:00 e das 18:00 às 20:00.
Ladeado pelos autarcas de Melgaço, Monção, Valença, Ponte da Barca e Caminha, Fernando Nogueira, que é também presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, disse “não se estar a pedir que passem mais pessoas, mas que continuem a passem as mesmas pessoas pelos mesmos locais”, referindo-se aos oito pontos de passagem existentes entre o Alto Minho e a Galiza.
“Um dia destes havia filas de oito quilómetros de um lado e do outro. Houve trabalhadores que esperaram mais de duas horas na fila para atravessar o rio Minho. Queremos respeitar a saúde pública, mas queremos respeitar os trabalhadores”, frisou.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.285.334 mortos resultantes de mais de 104,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 13.740 pessoas dos 755.774 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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