De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde do Brasil, o país – que regista pela primeira vez em cinco dias o número de mortos abaixo de 1.200 – acumula 9.497.795 casos confirmados da doença.
No entanto, aos fins de semana os números costumam ser inferiores devido à menor atividade dos organismos públicos.
Com uma população de 212 milhões de habitantes, é atualmente o segundo país do mundo com maior número de óbitos ligados ao vírus, a seguir aos Estados Unidos, e o terceiro com mais infetados, a seguir também aos Estados Unidos e à Índia.
A taxa de mortalidade situa-se agora nos 110 óbitos por 100.000 habitantes, enquanto que a incidência acumulada chega já aos 4.520 casos por cada 100.000 habitantes.
Os hospitais de várias capitais regionais continuam a estar no seu limite, numa altura em que o país enfrenta uma segunda onda pandémica, sem nunca ter terminado a primeira.
A situação é extremamente preocupante nos estados amazónicos do norte, como Roraima, Amazonas e Rondónia.
No Amazonas, onde já é dominante a nova variante, conhecida como P.1, que parece ser mais contagiosa, segundo estudos preliminares, tornou-se o estado brasileiro com a taxa de mortalidade mais alta: 216 óbitos por cada 100.000 habitantes, quase o dobro da média nacional.
As autoridades sanitárias do Amazonas alertaram hoje que nesta segunda onda “estão a morrer por covid-19 mais doentes sem doenças prévias” do que na primeira fase da crise, cujo pico decorreu nos meses de março, abril e maio de 2020.
O Ministério da Saúde pediu ao da Economia um crédito extraordinário de 5.200 milhões de reais (808 milhões de euros) para gastos relacionados com o combate à pandemia.
De acordo com os dados das secretarias regionais de saúde, quase 3,5 milhões de pessoas receberam até hoje a primeira dose de alguma das vacinas disponíveis no país.
No Rio de janeiro, que esta semana superou São Paulo como a cidade brasileira com mais mortes registadas por covid-19, com mais de 17.600, as instalações do famoso sambódromo para desfiles de carnaval transformaram-se num centro de vacinação para imunizar cidadãos com mais de 90 anos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.299.637 mortos resultantes de mais de 105 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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