Áustria pondera produzir vacina russa se a puder comercializar

7 de Fevereiro 2021

O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, disse que o país está aberto à produção da vacina russa Sputnik V ou chinesa contra a covid-19, caso obtenha autorização de comercialização na União Europeia.

“Se os fabricantes de vacinas russos e chineses obtivessem luz verde na Europa e aqui fossem produzidas, a Áustria tentaria certamente disponibilizar capacidade de produção nas empresas nacionais apropriadas” para estas vacinas, referiu o líder conservador, numa entrevista ao jornal alemão Welt am Sonntag.

Segundo Kurz, o mesmo procedimento seria seguido no caso de fabricantes de outros países, uma vez que se trata “de obter uma vacina segura o mais rapidamente possível, não importa por quem é fabricada”, acrescentou.

Sebastian Kurz sublinhou que o próprio poderia ser inoculado com a vacina russa, caso ela venha a ser autorizada na Europa.

“O que está em causa é a sua eficácia, segurança e rápida disponibilidade, não as lutas geopolíticas”, acentuou o chanceler austríaco, observando que as relações UE-Rússia se deterioraram recentemente, particularmente após o alegado envenenamento e prisão do opositor russo Alexei Navalny.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse ter também a porta aberta à utilização na União Europeia da controversa Sputnik V, na sequência da publicação, por uma revista médica de prestígio, de resultados científicos positivos sobre a sua eficácia.

Merkel admitiu também a possibilidade de utilização da vacina chinesa, salientando que um país como a “Sérvia vacina mais rapidamente” com a vacina chinesa do que o resto da Europa.

A União Europeia licenciou até agora três vacinas contra a covid-19, a da Pfizer/BioNTech, a da Moderna e a da AstraZeneca.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.299.637 mortos resultantes de mais de 105 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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