“Não podemos perder terreno internacionalmente. A União Europeia (UE) deve dar o exemplo rapidamente”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Alexander Schallenberg, insistindo em que é “incompreensível” que a vacina da Johnson & Johnson já esteja a ser usada no Reino Unido e não na UE.
A EMA recebeu há dois dias o pedido oficial daquela empresa farmacêutica para receber a licença para o uso de sua vacina contra a Covid-19.
“Estamos a hesitar muito em aprovar as vacinas”, criticou o ministro, que defendeu reformas no sistema e pediu à UE para evitar atrasos nas autorizações que “obriguem os estados membros a agirem isoladamente”.
“A aquisição conjunta das vacinas foi uma estratégia completamente correta. Isso não deve ser desperdiçado agora”, concluiu o chefe da diplomacia austríaca.
A Hungria, por exemplo, justificou a sua decisão unilateral de compra de medicamentos russos, não aprovados pela EMA, por causa dos atrasos na distribuição de vacinas por parte das autoridades da comunidade europeia.
Também o Presidente Checo, Milos Zeman, tem defendido o recurso à vacina russa Sputnik V, e a Croácia está a negociar com a Rússia a compra desse medicamento.
A Áustria é um dos países da União Europeia que está a vacinar mais lentamente a sua população, o que tem suscitado críticas da oposição ao Governo de coligação que integra o Partido Popular e os Verdes.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.441.926 mortos no mundo, resultantes de mais de 110,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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