União Europeia precisa de mais onze milhões de profissionais de saúde e de cuidados continuados até 2030

25 de Fevereiro 2021

A União Europeia precisa de mais onze milhões de profissionais de saúde e de cuidados continuados até 2030 "para satisfazer as necessidades de uma sociedade que envelhece”, segundo o Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia.

Um estudo hoje divulgado revela que a migração e a mobilidade intracomunitária desempenham um papel importante, já que uma maior mobilidade poderá ajudar a UE a satisfazer a procura de trabalhadores sanitários e de cuidados de longa duração, apesar de destacar que grande parte da procura está a ser coberta a nível nacional.

Em 2018, havia quase dois milhões de trabalhadores sanitários e de cuidados continuados na UE que trabalhavam num país diferente do país de nascimento, destacou a Comissão em comunicado.

No entanto, apesar de o número destes trabalhadores nascidos no estrangeiro ter crescido nos últimos anos, é significativamente menor do que em outros países, como o Reino Unido ou os Estados Unidos.

Estes trabalhadores também não estão repartidos de forma homogénea, destaca a Comissão Europeia (CE) no comunicado, já que mais de dois terços estão empregados em apenas cinco países da UE: Alemanha, Itália, Suécia, França e Espanha.

A informação recolhida identifica obstáculos que, se forem ultrapassados poderiam ajudar a fomentar a mobilidade e a “libertar o potencial da migração de terceiros países para aliviar a pressão da escassez de mão de obra” no setor.

Entre os obstáculos está a inexistência de “canais de migração específicos” na UE para atrair trabalhadores estrangeiros de saúde e de cuidados continuados.

O estudo destaca também a escassez de associações internacionais para a contratação de pessoal sanitário e de cuidados de longa duração.

“A Europa é um continente que envelhece”, sublinhou a vicepresidente da CE para a Democracia e a Demografia, Dubravka Suica, no comunicado, acrescentando que o repto comum da UE será “garantir cuidados de longa duração acessíveis, exequíveis e de qualidade”, assim como uma mão de obra adequada.

A comissária da Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Mariya Gabriel, defendeu na nota que esta informação é “uma contribuição oportuna no momento em que a Europa enfrenta um dos principais desafios de uma sociedade que envelhece”.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Ana Povo e Francisco Nuno Rocha Gonçalves: secretários de estados da saúde

O XXV Governo Constitucional de Portugal, liderado pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro, anunciou a recondução de Ana Margarida Pinheiro Povo como Secretária de Estado da Saúde. Esta decisão reflete uma aposta na continuidade das políticas de saúde implementadas no mandato anterior.

APH apresenta novo site com imagem renovada e navegação intuitiva

A Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras Coagulopatias Congénitas (APH) lançou um novo website, com design moderno, navegação intuitiva e recursos atualizados, reforçando o apoio à comunidade e facilitando o acesso à informação essencial.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights