Portugal deixa de estar entre regiões da UE de risco elevado após baixar infeções

25 de Fevereiro 2021

Portugal deixou de estar entre as regiões europeias de risco muito elevado devido à pandemia de Covid-19 nos mapas do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), que servem de apoio às decisões sobre viagens.

Como acordado pelos líderes europeus no final de janeiro passado, o ECDC acrescentou aos seus mapas semanais a cor de vermelho-escuro, para regiões ou países onde a situação epidemiológica da Covid-19 é muito grave, sendo que tais documentos servem de auxílio aos Estados-membros sobre as restrições a aplicar às viagens não essenciais.

Após ter ficado coberto de vermelho-escuro no início deste mês devido aos elevados números de infeções, Portugal saiu hoje desta categoria, que abrangia regiões ou países onde a taxa de notificação de novas infeções é superior a 500 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Ainda assim, e à semelhança de quase toda a Europa, todas as regiões de Portugal (incluindo a Madeira) mantêm-se na categoria de vermelho, o que significa que a taxa de notificação de novas infeções varia entre 50 e 150 ou entre 150 e 500 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Já os Açores são a única região do país na categoria do laranja, que é referente a territórios onde a taxa de notificação de novas infeções é de 50 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias ou entre 25 a 150 por 100 mil habitantes.

No final de janeiro passado, foi acrescentado ao existente sistema de semáforos sobre a propagação da Covid-19 na UE a cor vermelho-escuro, usada para zonas onde o vírus está a circular a níveis muito elevados.

Aquele que é um sistema de semáforos sobre a propagação da Covid-19 na UE, começa no verde (situação favorável), passando pelo cinzento, laranja e chega agora ao vermelho escuro (situação muito perigosa).

Esta inclusão do vermelho-escuro foi feita aquando da divulgação por parte da Comissão Europeia de orientações para desencorajar viagens não essenciais na UE perante o agravamento da pandemia, prevendo que passageiros de zonas muito perigosas e do estrangeiro tenham por exemplo de realizar testes à Covid-19 antes de viajar.

Ainda assim, estão previstas exceções para quem vive em regiões fronteiriças ou tem de atravessar frequentemente a fronteira por razões familiares ou de trabalho, prevendo-se ainda a introdução de ‘faixas verdes’ para assegurar o fluxo de bens e o funcionamento da cadeia de abastecimento.

Lusa/HN

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