De acordo com um boletim de tráfego da empresa pública Aeroportos e Segurança Aérea (ASA), ao qual a Lusa teve hoje acesso, os aeroportos de Cabo Verde receberam no mês de fevereiro deste ano um total de 663 aeronaves (-76% face a fevereiro de 2020) em voos internacionais e domésticos.
Já o número de passageiros em embarques, desembarques e trânsito foi de 14.283 em voos domésticos e 11.067 em voos internacionais, totalizando desta forma 25.350 passageiros, contra os mais de 232 mil em fevereiro de 2020 (-89%).
Os aeroportos cabo-verdianos já tinham perdido 85% dos passageiros e 75% do movimento de aeronaves em janeiro, em termos homólogos.
A economia de Cabo Verde depende essencialmente do Turismo, com um peso direto de cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) e um recorde de 819 mil turistas em 2019. Os meses de janeiro e fevereiro são considerados como de época alta na procura turística por Cabo Verde.
Contudo, desde finais de março que o arquipélago praticamente não tem atividade turística, face aos condicionalismos impostos por vários países, para travar a transmissão da pandemia de Covid-19, e com o Governo a estimar a duplicação da taxa de desemprego até dezembro, para quase 20%.
O Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, a mais turística de Cabo Verde e que tem registado um movimento anual acima de um milhão de passageiros, contou em fevereiro com apenas 4.256 passageiros em desembarques e embarques de voos internacionais e domésticos – 5.548 em janeiro -, que representa uma quebra de 96% face ao mesmo mês de 2020.
O aeroporto da capital, na Praia, movimentou em fevereiro um total de 14.451 passageiros – 22.463 em janeiro – em voos internacionais e domésticos, uma quebra de 69% face ao mesmo mês de 2020.
Cabo Verde tem quatro aeroportos internacionais, nas ilhas de Santiago, do Sal, da Boa Vista e de São Vicente, e três aeródromos, nas ilhas de São Nicolau, Maio e Fogo, todos operados pela ASA.
Globalmente, os aeroportos cabo-verdianos movimentaram quase 776.000 passageiros em 2020, perdendo praticamente dois milhões de passageiros no espaço de um ano (-72%), devido à pandemia, segundo dados anteriores da ASA.
LUSA/HN
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