“O Governo está trabalhando. As políticas públicas estão sendo colocadas em prática. O ministro [Eduardo] Pazuello anunciou todo o cronograma da vacinação. A política é do Governo Bolsonaro. A política não é do ministro da Saúde. O ministro da Saúde executa a política do Governo”, afirmou Queiroga à jornalistas antes de iniciar uma reunião com o ministro demissionário da Saúde.
Questionado por jornalistas sobre o trabalho feito até aqui no ministério liderado por Pazuello, um general do exército especialista em logística que conduz a política de saúde do Brasil na pandemia com muitas críticas, Queiroga fez elogios ao ministro demissionário.
“Pazuello tem trabalhado arduamente para melhorar as condições sanitárias do Brasil e eu fui convocado pelo Presidente Bolsonaro para dar continuidade a esse trabalho”, declarou.
O anúncio da indicação do médico, que atuava como presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), ao cargo de ministro da Saúde aconteceu na tarde de segunda-feira depois de ser ter reunido com o chefe de Estado do país, Jair Bolsonaro, em Brasília.
“Foi decidido agora à tarde a indicação do médico, doutor Marcelo Queiroga, para o Ministério da Saúde. Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A conversa foi excelente, já conhecia há alguns anos, então não é uma pessoa que tomei conhecimento há poucos dias”, disse Bolsonaro, em declarações a apoiantes e à imprensa local.
Ainda segundo o Presidente brasileiro, a nomeação de Queiroga será publicada esta terça-feira do Diário Oficial da União, o que ainda não aconteceu.
Queiroga será o quarto ministro da Saúde desde a chegada da Covid-19 a solo brasileiro, há pouco mais de um ano, e assumirá funções naquele que é o momento mais critico da pandemia no país.
Com a indicação do médico, a tutela volta assim a ter no seu comando um nome ligado à área da Saúde.
General do Exército, Pazuello tomou, em setembro último, posse como ministro da Saúde, após quatro meses a liderar interinamente a tutela durante a pandemia da covid-19, uma situação bastante criticada no país devido à falta de especialização do militar em questões de saúde.
Sob a gestão do general, o Ministério da Saúde mudou algumas diretrizes e flexibilizou o uso de fármacos sem comprovação científica, que chegaram a ser recomendados por um aplicativo desenvolvido pelo Governo brasileiro para profissionais de saúde.
Antes de Pazuello, os médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich lideraram a pasta, mas saírem do cargo devido a divergências com o chefe de Estado no combate à covid-19, nomeadamente em relação às medidas de isolamento social e ao uso de fármacos amplamente defendido pelo Presidente para enfrentar a doença com a cloroquina, mas sem comprovação científica na sua cura.
O Brasil, que totaliza 11.519.609 casos e 279.286 mortes devido à Covid-19.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.661.919 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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