Cidade e mercado chineses não podem ser vistos como origem da pandemia, conclui relatório

30 de Março 2021

A cidade de Wuhan e o mercado de Huanan, na China, não podem ser considerados como ponto de origem da pandemia, conclui o relatório da equipa de cientistas da Organização Mundial da Saúde que investigou a origem do coronavírus.

A investigação realizada por estes especialistas indica que houve casos iniciais que nada tinham a ver com o mercado Huanan, em Wuhan, e que agora se sabe que, em dezembro de 2019, houve uma transmissão considerável do vírus na comunidade que também não pode ser associada àquele lugar.

Estas informações “sugerem que aquele mercado não foi a fonte do surto”, afirma o relatório.

Esta é a primeira conclusão da missão internacional de 17 cientistas, que trabalharam com uma equipa composta pelo mesmo número de especialistas chineses, numa visita de 28 dias a Wuhan, metade dos quais foram passados pelo primeiro grupo em quarentena.

O local de onde o coronavírus SARS-CoV-2 se espalhou inicialmente permanece um mistério, porque, apesar de o mercado não estar totalmente descartado, não há provas suficientes de que a crise sanitária causada pela Covid-19 tenha começado ali.

“Neste momento, não se podem tirar conclusões firmes sobre o papel do mercado de Huanan na origem do surto ou sobre a forma como a infeção terá chegado ao mercado”, sublinha o relatório.

Os cientistas apontaram também que estudos de diferentes países sugerem que o SARS-CoV-2 pode ter circulado várias semanas antes de o primeiro caso ser detetado em Wuhan.

Isto pode sugerir “a possibilidade de uma circulação ignorada em outros países”, referem os cientistas, que consideram importante conhecer estes casos anteriores.

Uma das narrativas mais comuns das autoridades chinesas é que o vírus não se espalhou pelo mundo a partir de Wuhan, mas tendo começado noutro lado.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

APDP apresenta projeto “Comer Melhor, Viver Melhor” no Parlamento Europeu

Uma alimentação que privilegie um maior consumo de produtos vegetais, quando planeada equilibradamente, pode contribuir para melhorar os resultados em saúde nas pessoas com diabetes tipo 2, evidencia o projeto “Comer Melhor, Viver Melhor”, apresentado pela APDP no Parlamento Europeu no passado dia 18 de abril.

SIM recebeu 65 candidaturas às Bolsas Formativas

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou hoje que recebeu 65 candidaturas às Bolsas Formativas para apoio à frequência de cursos habilitadores à Competência em Gestão dos Serviços de Saúde.

Abertas inscrições para as jornadas ERS

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) vai realizar no próximo dia 23 de maio a terceira edição das Jornadas ERS – Direitos e Deveres dos Utentes dos Serviços de Saúde. As inscrições já se encontram abertas.

CUF assegura cuidados de saúde a atletas do Rio Maior Sports Centre

A CUF e a DESMOR celebraram um protocolo de cooperação que assegura a articulação do acesso dos atletas em treino no Rio Maior Sports Centre a cuidados de saúde nos hospitais e clínicas CUF. O acordo foi formalizado a 30 de abril no Centro de Estágios de Rio Maior.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights