A administração da primeira dose da vacina nas 396 Unidades de Internamento da RNCCI, em curso desde o dia 06 de janeiro, já se encontra concluída na totalidade, adiantou a enfermeira Purificação Gandra.
A primeira dose da vacina já foi administrada a 17.204 pessoas inseridas na RNCCI, entre doentes e profissionais.
Destas, 14.100 pessoas já concluíram o plano de vacinação (com as duas doses).
“O processo de vacinação iniciou-se em janeiro, está no seu término final, porque faltam ainda algumas segundas doses em alguns utentes, mas podemos dar por concluído esta situação dado que as segundas doses já estão agendadas para dar aos doentes”, sublinhou a coordenadora da RNCCI.
Neste momento, há quatro doentes com Covid-19 em duas unidades no Norte do país, mas não há nenhum profissional infetado, nem nenhum doente internado por agravamento da infeção.
“É muito tranquilizador para estes cuidados, e não temos também óbitos por Covid-19 desde 6,7 de março, o que nos faz também respirar um pouco de alívio relativamente à situação de saúde dos doentes que estão a serem cuidados na área de cuidados continuados”, adiantou.
A realização de testes à Covid-19 aos profissionais vai manter-se com “alguma regularidade”, porque permite “ter alguma segurança e detetar precocemente algum caso que possa aparecer”, avançou.
“Muitas das vezes as pessoas são assintomáticas e quando se vai testar já há um número considerável de positivos. Portanto, para evitar isso, vamos continuar com este sistema de testagem que tem dado bons resultados”, explicou.
Ao longo de mais de um ano de pandemia, foram realizados cerca de 61 mil testes aos profissionais, tendo sido detetados cerca de 2.600 casos positivos.
Durante este período, foram registados 161 óbitos na RNCCI, relacionados com a Covid-19, dos quais 97 ocorreram no hospital e 64 ocorreram nas unidades da rede.
Foram ainda transferidos 22.252 doentes dos hospitais para a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e dada resposta a 2.181 pessoas que continuavam internadas por razões sociais e que foram para estruturas residenciais para idosos ou para lares.
A coordenadora adiantou que as unidades de internamento têm cuidados e barreiras de proteção que permitem que os doentes tenham visitas, além dos ‘tablets’ oferecidos pela Fundação La Caixa para permitir a comunicação entre os familiares e os doentes.
Quando estas soluções não são possíveis, disse, “há sempre o profissional que disponibiliza seu telefone pessoal para fazer a chamada que é necessária (…) e, portanto, as pessoas não estão de modo algum, como às vezes se quer fazer passar, num isolamento sem contacto com a sua família”, disse Purificação Gandra.
“As situações de abandono não se agravaram pela Covid. São as mesmas que já existiam antes e isso é algo que nós enquanto sociedade temos que refletir muito”, defendeu.
“A Covid-19 só veio mostrar as fragilidades de muitas das vezes, do acompanhamento que é necessário fazer a estas pessoas que estão mais frágeis e que estão internadas”, referiu.
Neste momento, disse, com os hospitais a voltar “um pouco à sua normalidade” vai tentar-se dar resposta às situações de doentes que aguardam vaga na rede e que são referenciados pela comunidade, porque nas fases agudas de covid foi priorizada as referenciações dos hospitais porque era necessário libertar camas”.
Portugal tem atualmente 2.124.821 pessoas vacinadas, das quais 601.591 já com a segunda dose.
LUSA/HN
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