GNR diz que apoiou realojamento dos trabalhadores agrícolas no Zmar a pedido da Proteção Civil Municipal

6 de Maio 2021

A GNR esclareceu que acompanhou esta quinta-feira de madrugada a operação para realojar no complexo Zmar os imigrantes que trabalham na agricultura na sequência de um pedido da Proteção Civil Municipal de Odemira.

Em comunicado, a GNR explica que a sua atuação surge em resposta a um pedido da Proteção Civil Municipal de Odemira “para garantir as condições de segurança no transporte dos cidadãos a deslocar para as instalações do ‘ZMar Eco Experience'”.

A Guarda Nacional Republicana indica ainda que a operação, que decorreu pelas 04:00 e “sem incidentes”, contou com o reforço do Comando Territorial de Beja e da Unidade de Intervenção.

O jornal Expresso escreve hoje que para o realojamento no Zmar a GNR “mobilizou um contingente musculado de homens armados e cães para entrar de forma forçada no empreendimento”.

Em declarações à Lusa, o responsável pela Proteção Civil no Alentejo disse hoje de manhã que tinham sido realojados cerca de 50 imigrantes no Zmar e na pousada da Juventude de Almograve e que todas as pessoas estavam negativas para o novo coronavírus, que provoca a Covid-19.

Segundo o responsável, no Zmar foram realojadas cerca de 30 pessoas e na Pousada da Juventude em Almograve 21.

As freguesias de Longueira-Almograve e São Teotónio, no concelho de Odemira, estão em cerca sanitária desde a semana passada por causa da elevada incidência de covid-19 entre os imigrantes que trabalham na agricultura na região.

Na sexta-feira, o Governo determinou “a requisição temporária, por motivos de urgência e de interesse público e nacional” da “totalidade dos imóveis e dos direitos a eles inerentes” que compõem o complexo turístico ZMar Eco Experience, na freguesia de Longueira-Almograve (Odemira), para alojar pessoas em confinamento obrigatório ou permitir o seu “isolamento profilático”.

O complexo Zmar ocupa 80 hectares na freguesia de Longueira-Almograve, integra serviços comuns, como piscina ou ‘spa’, e cerca de 260 casas individuais, das quais perto de 100 pertencem ao próprio empreendimento e as outras 160 são de privados.

Desde que foi determinada a requisição temporária do Zmar, para alojar pessoas em confinamento obrigatório ou permitir o seu “isolamento profilático”, os proprietários destas casas têm protestado contra a decisão do Governo.

Na quarta-feira, o advogado que representa um grupo de proprietários revelou que interpôs em tribunal uma providência cautelar contra a fundamentação da requisição temporária do complexo turístico.

Além de ter determinado a requisição temporária do Zmar, o Governo, num despacho publicado na segunda-feira à noite em Diário da República, mandou encerrar a atividade dos empreendimentos turísticos e estabelecimentos de alojamento local nas freguesias de São Teotónio e Longueira – Almograve, onde estão localizadas pelo menos 275 empresas que se encontram impedidas de laborar pois muitos dos seus colaboradores vivem fora da área circunscrita à cerca sanitária.

LUSA/HN

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